Um novo E195-E2 da Porter Airlines decolou da sede da Embraer em São José dos Campos nesta quinta-feira, 21, marcando a primeira entrega do modelo em quase dois meses.
A aeronave de matrícula C-GZQZ é o 30º E195-E2 entregue à Porter Airlines, que tem um pedido firme de 75 aviões além de 25 opções de compra.
Desde 22 de janeiro, a Embraer não tinha um jato comercial desse modelo entregue. Naquele dia, a empresa oficializou a entrega de dois E195-E2 da Royal Jordanian Airlines e que partiram do Brasil com destino a Jordânia pouco tempo depois.
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Oficialmente, uma das aeronaves foi entregue em dezembro passado enquanto a segunda constaria como a única entrega de 2024 até o avião da Porter Airlines.
Avião de Leila Pereira
Faltando cerca de uma semana para o fim do 1º trimestre, nenhum outro avião comercial parece ter sido entregue pela companhia brasileira, segundo registros do Planespotters.
Uma possível exceção seria o E190-E2 fabricado em 2021 e que havia sido relacionado a várias empresas aéreas, entre elas a Congo Airways e a Madagascar Airlines.
O jato teria sido adquirido por Leila Pereira, dona do Crefisul e presidente do Palmeiras. O jato fez um suposto voo de nacionalização em fevereiro e consta ainda com a matrícula 2-RLMT.
Problemas na cadeia de suprimentos
Mesmo com três jatos entregues, a Embraer teria seu pior 1º trimestre de entregas em muitos anos, incluindo 2020 quando despachou apenas três E175, um E190-E2 e um E195-E2.
Até aqui, não houve registro de nenhum E175 entregue em 2024, embora existam dezenas de pedidos pendentes.
Como sempre pontuamos, os registros listados aqui são de aeronaves que de fato deixaram a fábrica da Embraer e voaram para seus clientes.
A companhia, no entanto, considera as entregas um ato burocrático, por meio de documentos. Em alguns casos, os aviões continuam em suas instalações até o voo de traslado.
Os gargalos com a cadeia de suprimentos podem ter um papel na demora em entregar os jatos.
Na apresentação dos resultados de 2023, o presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, reconheceu que o impacto dos problemas dos fornecedores continua.
Ainda assim, a Embraer tem a expectativa de que conseguirá entregar mais aeronaves em 2024, entre 72 e 80 jatos comerciais.