O Boeing 777-8 será capaz de levar 395 passageiros em uma distância de até 16.190 km, praticamente a distância que separa Nova York (EUA) de Sydney, na Austrália.
Com sua cabine espaçosa e recursos de conforto trazidos do menor 787 Dreamliner, o widebody é em teoria uma opção atraente para as companhias aéreas, porém, quase não há interessados pelo jato de dois motores GE9X.
E dos dois únicos clientes conhecidos, restaria agora apenas a Etihad Airlines.
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Segundo a Aviation Week, a Emirates Airline, cliente lançadora do 777X há dez anos, desistiu da versão 777-8, trocando 16 pedidos pelo mesmo número de aeronaves do 777-9, com maior capacidade mas menos alcance.
A informação surgiu na semana passda quando a Boeing atualizou sua carteira de pedidos com dados de junho. Consta no relatório que a transportadora sediada em Dubai encomendou 16 jatos 777X, mas não é possível saber de que versão se trata já que a empresa dos EUA não divide os pedidos entre o 777-8, 777-9 e a variante de carga 777-8F.
A razão para que a nova encomenda tenha sido associada com uma troca está no fato de que no total a Emirates permanece com 115 pedidos da família 777X.
Último na fila
Em ocasiões anteriores, o presidente da companhia aérea, Tim Clark, já havia sugerido que a Emirates pensava em abandonar o 777-8 após a Boeing congelar o programa.
Em meio a uma fase turbulenta, a fabricante têm se focado em certificar seus novos aviões como o 737 MAX 7 e 10 e também o 777-9, que tem quatro aeronaves de testes em voo.
Nesse meio tempo, a Boeing resolveu lançar o 777-8F, versão de carga que substituirá o 777F a partir de 2028. Por conta disso, o 777-8 de passageiros ficou em segundo plano, afinal não há uma demanda significativa por ele.
Apesar disso, a Boeing reafirma que o 777-8 segue no planejamento, mas sua entrada de serviço pode não ocorrer antes do fim da década.
Ainda assim, será preciso encontrar novos clientes para justificar seu desenvolvimento já que nem ao menos um protótipo foi montado até o momento.
Se for confirmado que a Emirates deixou o 777-8 de lado, teriam restado apenas oito aeronaves com pedidos firmes da Etihad, muito pouco para um projeto tão caro.