Emirates divulga imagens de seu primeiro Boeing 777X

Companhia tem uma encomenda por 150 exemplares do novo 777X avaliada em US$ 76 bilhões
Um dos 777-9 da Emirates na linha de montagem da Boeing
Um dos 777-9 da Emirates na linha de montagem da Boeing (Emirates)
A Emirates deve receber seus primeiro 777-9 a partir de 2021 (Emirates)

A companhia Emirates Airline divulgou nesta segunda-feira (5) pelo Twitter imagens de seu primeiro 777X (um modelo 777-9) na fábrica da Boeing, em Everett, nos Estados Unidos. O principal destaque são as pontas das asas dobráveis da aeronave já com as cores da empresa aérea de Dubai.

O avião da Emirates em fase produção é o sétimo 777X que passa pela linha de montagem da Boeing. A fabricante norte-americana concluiu em março o primeiro protótipo do 777-9 e está montando atualmente outros três modelos para testes e mais dois modelos de produção.

A Emirates é o maior cliente da nova geração do 777, com um pedido de 150 aeronaves (115 777-9 e 35 777-8) avaliadas em US$ 76 bilhões. A estreia da aeronave com a empresa é prevista para o início de 2021. A companhia, porém, cogita trocar parte das encomendas pelo 777X por modelos 787 Dreamliner.

A empresa árabe planeja renovar sua frota de aeronaves nos próximos anos adquirindo aviões mais eficientes. Além do 777X, a companhia encomendou neste ano 40 jatos A330-900 e 30 A350-900 da Airbus. Essa encomenda foi uma mudança no acordo da fabricante europeia com a Emirates, que cancelou a maior parte de seus pedidos pelo A380.

As pontas das asas elevadas diminuem em 7 metros a envergadura do 777-9 em solo (Emirates)

Ainda não está definido qual companhia aérea será o operador de lançamento do 777-9. Além da Emirates, a Lufthansa é outra empresa cotada para estrear o novo jato da Boeing.

Quando o novo 777 vai voar?

O primeiro voo do 777-9 era programado para este semestre, mas recentemente a Boeing postergou o teste para 2020. A fabricante motivou o atraso alegando que precisava completar mais testes e fazer correções no motor GE9X.

Desde o segundo acidente com o 737 MAX e o aterramento mundial da aeronave, em março deste ano, a Boeing vem sendo cautelosa em seus anúncios sobre o programa 777X. Apesar de já ter concluído um protótipo, a fabricante não promoveu até o momento o tradicional “rollout” e apresentou a aeronave em uma cerimônia restrita para funcionários.

Os dados sobre o 777X divulgados pela Boeing mostram que a nova série mantém os créditos da família 777 com longo alcance e grande capacidade de passageiros, mas com novidades importantes e até históricas.

Comparado ao 777-300, o novo 777-9 ganhou mais três metros de comprimento e chegou a 76,7 m. Essa marca fará do novo jato da Boeing o maior avião comercial bimotor da história e o segundo maior avião do mundo, ficando atrás apenas do colossal Antonov AN-225.

A Boeing também projetou novas asas para o 777X e elas ficaram bem maiores. Os modelos da nova série tem 71,8 metros de envergadura, sete metros a mais que os 777 da primeira geração.

O Boeing 777-9 durante sua apresentação aos funcionários da fábrica; primeiro voo é previsto para 2020

Para não exigir reformas em aeroportos (como o A380 e 747-8 exigem) e facilitar a movimentação da aeronave em solo, a fabricante criou um dispositivo que dobra as pontas das asas do 777X e reduz sua largura para 64,8 m, a mesma envergadura do 777-300.

A fabricante afirma que os jatos 777X podem ser até 20% mais eficientes em consumo de combustível comparados aos 777 da primeira série e ainda levam mais passageiros e percorrem distâncias maiores.

O 777-9 pode ser configurado para receber 414 ocupantes em duas classes de cabine (econômica e executiva) e tem alcance de 15.185 km. Já o 777-300 embarca cerca 390 pessoas com a mesma distribuição de interior e tem autonomia limitada em 13.650 km..

A Boeing tem cerca de 320 pedidos pelo novo 777X de nove companhias aéreas, todas operaras do 777 da primeira geração. Além da Emirates e Lufthansa, outras empresas que esperam pelo novo jato são a All Nippon Airways (do Japão), British Airways (Reino Unido) e a Cathay Pacific (Hong Kong).

Veja mais: Conheça os maiores aviões do mundo

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