Nas renhidas disputas entre Boeing e Airbus mais um capítulo foi encerrado neste fim de semana durante a abertura da feira aérea de Dubai. Após analisar longamente o Airbus A350 e o Boeing 787, a Emirates Airline decidiu encomendar 40 unidades do jato americano. O negócio, de US$ 15,1 bilhões (quase R$ 50 bilhões), prevê a compra do Boeing 787-10, versão de maior capacidade do birreator. As entregas se estenderão de 2022 a 2030.
“Vemos o 787 como um excelente complemento para a nossa frota 777 e A380, proporcionando-nos mais flexibilidade para atender uma variedade de destinos à medida que desenvolvemos nossa rede de rotas globais “, disse o xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum , presidente da Emirates Airline. “Sempre foi a estratégia da Emirates investir no avião mais avançado e eficiente, e as encomendas de hoje refletem isso.”, completou.
Para a Emirates, a chegada do 787 ampliará o leque de destinos possíveis de serem atendidos a partir de Dubai. Hoje a empresa opera uma frota de aeronaves de grande porte que inclui 151 Boeing 777 (a maior frota do mundo) e nada menos que 100 quadrirreatores Airbus a380 – além deles há também 13 unidades do 777F destinado ao mercado cargueiro.
Volta atrás
A escolha do 787 é uma dura derrota para a Airbus. Além de perder um importante negócio, a empresa europeia terá de ser confrontada com o fato de a Emirates ter mudado de ideia após ter encomendado o A350 dez anos atrás e cancelado a encomenda em 2014. Segundo o xeque, “O Boeing 787-10 tem o menor custo de operação seja com qualquer versão do A350”.
Além disso, havia a expectativa que a companhia do Oriente Médio fizesse uma nova encomenda do A380 capaz de manter o gigante ainda em produção por alguns anos, mas até agora a Emirates não se pronunciou a respeito. Por enquanto, a Boeing terá bons argumentos para vender seu jato avançado assim como seu irmão maior, o 777X, cuja estreia em serviço será feita pela mesma Emirates.
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