A Emirates Airline confirmou nos últimos dias o cronograma de entregas de dois importantes aviões de sua frota, o A380 e o novo 777X. Enquanto a última unidade do imenso jato da Airbus chega em 2022, o maior jato bimotor de passageiros da história teve sua primeira entrega postergada para 2023.
Segundo declaração da companhia aérea de Dubai, os cinco novos A380 que ainda estão pendentes na encomenda serão entregues em 2021 (duas aeronaves) e 2022 (três jatos), dois deles em abril e o último avião em maio, encerrando a produção do maior avião de passageiros do mundo.
No total, a Emirates possui 123 pedidos firmes pelo avião quadrimotor, após reduzir sua encomenda original de 163 unidades – substituídas por 40 A330-900neo e 30 A350-900. Mas a empresa não deve manter essa frota ativa por muito tempo já que alguns aviões estão sendo aposentados.
Apesar disso, a companhia aérea reforçou sua crença no ‘superjumbo’. Tim Clark, presidente da Emirates, afirmou que 118 A380 voltarão a ser usados a partir de 2022, quando ele acredita que boa parte do tráfego aéreo de passageiros voltará aos níveis pré-pandemia.
Mais atrasos no Boeing 777X
Nesta terça-feira, durante a apresentação da nova classe econômica premium em um dos A380 entregues pela Airbus em dezembro, a Emirates Airline confirmou que o primeiro Boeing 777X só entrará em serviço em 2023.
Com 126 pedidos firmes (101 do 777-9 e 25 do 777-8), a Emirates é a maior cliente da nova geração do bimotor da Boeing. Mas o pedido original era maior, com 150 aviões, que acabaram trocadas por 30 787-9.
O programa do 777X tem sofrido atrasos consideráveis. O primeiro voo ocorreu em janeiro deste ano e desde então quatro aviões de testes estão sendo usados no programa de certificação. Porém, a Boeing estima que o primeiro avião só será entregue para a Lufthansa em 2022, dois anos depois do previsto.
Com até 426 assentos na versão 777-9, o novo “Triple Seven” poderá ser um sucessor adequado não apenas para a frota de 777-300ER da Emirates como uma alternativa mais econômica aos A380 em rotas com demanda um pouco menor.
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