A empresa de aviação executiva Icon Aviation, de São Paulo (SP), anunciou neste mês a encomenda de uma unidade do TriFan 600, da XTI Aicraft Company, que pode se tornar o primeiro avião comercial de decolagem vertical do mundo. Com o pedido da empresa brasileira a XTI chegou a um total de 64 aeronaves encomendadas no mundo todo, avaliadas em US$ 416 milhões. O projeto, porém, ainda precisa percorrer um longo caminho de testes e desenvolvimento.
O TriFan 600 é proposto para oferecer a versatilidade de um helicóptero, com pouso e decolagem verticais, e a oportunidade de voar mais rápido e mais alto, como um avião. Segundo a fabricante, o aparelho projetado para seis ocupantes (um piloto e cinco passageiros) poderá passar dos 550 km/h e voará na faixa dos 29.000 pés de altitude (8.839 metros), com autonomia de quase 2.000 km.
“Além deste primeiro pedido, a Icon e a XTI estabeleceram um relacionamento de longo prazo para colaborar na expansão conjunta de seus respectivos negócios. À medida em que a XTI se aproxima do momento em que dará início às entregas do TriFan 600, a Icon incorporará esse revolucionário avião à sua frota. Isso significa que ofereceremos aos nossos clientes serviços ampliados e novas soluções para sempre atender às suas necessidades”, conta Décio Galvão, diretor executivo da Icon Aviation.
Em anúncio recente, a XTI declarou que prepara o primeiro voo com um protótipo do TriFan 600 para até o final deste ano. O projeto, porém, é extremamente complexo e ainda tem um longo caminho a percorrer com testes e desenvolvimento. A estimativa da fabricante é que o avião chegue ao mercado entre 2024 e 2026.
O TriFan 600 é completamente diferente de um avião ou mesmo de um helicóptero. A motorização da aeronave será híbrida-elétrica, com uma combinação de turbinas a gás (semelhante a motores de helicópteros) com geradores elétricos. Para ser leve, o modelo será construído com uma combinação de materiais como fibra de carbono e resina epóxi.
Outro desafio do projeto é o controle da aeronave e seus três motores. A posição de duas hélices do TriFan deve mudar de acordo com a forma como ele voa, na posição horizontal ou vertical, enquanto outra será utilizada apenas para manobras verticais. Segundo a fabricante, essa série de controles vai exigir comandos de voo computadorizados “fly-by-wire” – tecnologia que substitui equipamentos mecânicos e hidráulicos por atuadores eletrônicos.
“Um parceiro e cliente ideal para o Trifan. O nosso contrato com a Icon foi uma de nossas mais notáveis conquistas”, declarou Robert LaBelle, diretor-executivo da XTI, que promete lançar a complexa aeronave entre 2024 e 2026.
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Olá Peronn, boa tarde.
Esta aeronave será a coisa melhor pra quem mora em grande centro de População.
Uma pena saber que quem irão usufluir dessa modernidade toda serão nossos representantes politicos blindados e que não se cansam de enaltecer seus egos custosos.