A BOC Aviation, uma das maiores arrendadoras de aeronaves comerciais do mundo, anunciou dois novos acordos de aquisição de aeronaves de fuselagem estreita que somam 120 jatos.
Com a Airbus, a empresa encomendou 70 aeronaves da família A320neo e que serão entregues a partir de 2032. A definição da variante poderá ser feita ao longo do tempo, segundo a BOC.
“Esta transação elevará nossa carteira de pedidos restante da Airbus para cerca de 200 aeronaves e levará nossas entregas totais de aeronaves Airbus para mais de 700 aviões desde nosso primeiro pedido em 1996”, disse Steven Townend, CEO e Diretor Executivo da BOC Aviation.
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A Boeing, por sua vez, recebeu um pedido de 50 737 MAX 8 que serão entregues a partir de 2031. Assim como a Airbus, a fabricante dos EUA deixou em aberto a possibilidade de conversão dos pedidos para outras variantes como a MAX 7, MAX 9 ou MAX 10.
“Nossa forte parceria com a Boeing levou a este pedido de 50 aeronaves para a aeronave Boeing 737-8 de baixo consumo de combustível. Com esta transação, temos compromissos para comprar mais de 140 dessas aeronaves, o que é a maior posição de carteira de pedidos da Boeing em nossa história”, acrescentou Townend.

Slots de produção cada vez mais distantes
O patamar de encomendas de aeronaves comerciais, sobretudo o 737 MAX e o A320neo tem chegado a níveis muito elevados por uma combinação de fatores.
De um lado, as empresas aéreas têm buscado aeronaves mais eficientes para reduzir o consumo de combustível, mas as fabricantes não tem conseguido elevar a taxa de produção, resultando em filas enormes.
Acrescente-se a isso os problemas de qualidade e segurança enfrentados pela Boeing e o quadro é preocupante. Para se posicionarem à frente da demanda, as arrendadoras e algumas companhias aéreas estão reservando slots em datas distantes, dificultando o planejamento de outras empresas.
A Airbus quer produzir 75 A320neo por mês enquanto a Boeing mira em 46 737 MAX, mas até aqui o esforço pra atingir essas metas não tem sido bem sucedido.