Considerados peças-chave em conflitos, os aviões de alerta aéreo antecipado (AEW) dependem de tecnologias embarcadas avançadas para cumprirem suas missões. Não é por menos que a Rússia e os EUA estão atualmente preocupados em contar com aeronaves mais capazes em suas respectivas forças aéreas.
Os russos saíram na frente ao estar próximos de concluir o desenvolvimento do A-100, uma nova plataforma aérea de vigilância de longo alcance, baseada no cargueiro Il-76MD-90A e que foi equipada com um novo sistema de rastreamento conhecido pela sigla BRTK.
Nesta semana, a United Aircraft Corporation (UAC) realizou o primeiro voo com o equipamento em funcionamento e planeja concluir os testes da plataforma até o final de 2022.
“Ao criar equipamentos de rádio para o A-100, foram utilizadas soluções técnicas baseadas em uma moderna base de componentes eletrônicos, ferramentas de computação de alto desempenho e as mais recentes conquistas da eletrônica de rádio doméstica. Isso se aplica tanto aos meios de obtenção de informações quanto ao complexo de computadores para seu processamento, bem como aos locais de trabalho automatizados dos operadores”, afirmou a UAC.
Substituto para o velho E-3 Sentry
Também na sempana passada, a Força Aérea dos EUA (USAF) finalmente emitiu um novo Requisito para Informação (RFI) para a concepção de um novo avião-radar, conhecido pela sigla AWACS (Airborne Warning and Control System, ou sistema de controle e alerta aéreo).
A futura aeronave terá a tarefa de substituir os antigos Boeing E-3G Sentry, baseados no jato comercial 707 e que têm sido um problema para a USAF nos últimos anos por conta da idade avançada.
Por enquanto, a força aérea pretende contar com duas aeronaves de testes para serem avaliadas até o ano fiscal de 2028. O novo avião de alerta aéreo antecipado dos EUA deverá ser capaz de contar com um radar avançado de 360 graus e a capacidade de cobrir seis missões de comando e controle de gerenciamento de batalha ao mesmo tempo.
Ao contrário do A-100 russo, que possui um equipamento giratório (o clássico disco no topo da fuselagem), a aeronave da USAF utilizará um sistema mais moderno, com um radar AESA (Active Electronically Scanned Array) de antena fixa, mas que cobre 360 graus de forma eletrônica.
Enquanto não lança uma licitação para o novo AWACS, a Força Aérea cogita encomendar o E-7 Wedgetail, um avião-radar baseado no Boeing 737 e que foi encomendado originalmente pela Austrália, mas hoje conta com pedidos da Turquia, Coréia do Sul e também do Reino Unido.
