As forças armadas dos Estados Unidos anunciaram a retomada os voos com o Bell-Boeing V-22 Osprey mesmo sem ter confirmado as causas do acidente que vitimou oito militares no Japão em 29 de novembro.
Há três meses, a Força Aérea, Marinha e os Fuzileiros Navais anunciaram o aterramento da aeronave enquanto eram investigadas as causas do acidente com um modelo CV-22.
Desde então, os mais de 400 Ospreys estão sem voar, mas um relatório final sobre o acidente ainda não foi concluído.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
As autoridades do Pentágono, entretanto, autorizaram que as aeronaves voltem ao serviço seguindo um plano gradual de retomada.
Segundo um gerente do programa V-22 na Marinha, a falha do componente foi identificada, mas ainda não haveria um procedimento para corrigi-la.
Enquanto isso não ocorre, a solução será realizar revisões preventivas para ampliar o perímetro extra de segurança da aeronave.
Dezenas de acidentes
Desenvolvido na década de 80, o V-22 é a única aeronave “tiltrotor” em serviço no mundo.
Para oferecer um desempenho semelhante a um helicóptero e um avião turboélice, o Osprey utiliza dois motores acoplados a rotores pivotantes nas pontas das asas. Ao girá-los, a aeronave pode tanto pairar quando voar a uma velocidade elevada.
O maior operador do Osprey são os Fuzileiros Navais, com cerca de 350 unidades. A Marinha tem um mix de 27 MV-22 e CV-22 enquanto a Força Aérea opera 52 CV-22.
A despeito de suas únicas características, o Osprey registrou 57 acidentes desde 1991 com a morte de 62 pessoas.
Após mais de três década de seu surgimento, o V-22 deixará de ser o único tiltrotor operacional do mundo.
A Leonardo está nos preparativos para colocar em serviço o AW609, primeiro modelo civil da categoria enquanto o Exército dos EUA selecionou o Bell V-280 Valor para substituir os helicópteros UH-60 Blackhawk dentro dos próximos anos.