EUA aprovam pacote de equipamentos para os caças F-16 da Argentina

Acordo avaliado em US$ 941 milhões inclui mísseis AMRAAM, bombas guiadas a laser e aviônicos. País receberá 24 jatos de segunda mão da Dinamarca
A Argentina terá 24 caças F-16A/B MLU
A Argentina terá 24 caças F-16A/B MLU

A Argentina obteve o aval do Departamento de Estado dos Estados Unidos para adquirir equipamentos e suporte para 24 caças F-16 que serão repassados pela Dinamarca.

O pacote estimado em US$ 941 milhões (cerca de R$ 5,4 bilhões) inclui mísseis ar-ar AMRAAM, bombas de uso geral e guiadas a laser, sistemas de aviônicos variados, dispositivos chaff e flare, entre outros itens.

“Esta venda proposta apoiará as metas de política externa e os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança de um importante aliado não pertencente à OTAN que é uma força para a estabilidade política e o progresso econômico na América do Sul”, disse uma nota da Agência de Cooperação em Defesa Segurança.

Como é comum nesses casos, o pacote será fornecido por meio do programa Vendas Militares ao Exterior (FMS na sigla em inglês).

Assiantura do contrato de compra de 24 caças F-16 pela Argentina
Assinatura do contrato de compra de 24 caças F-16 pela Argentina

De caças sino-paquistaneses para norte-americanos

A Argentina fechou um contrato com a Dinamarca para receber 24 caças F-16A/B MLU em abril, após anos de indefinições sobre o substituto dos jatos Dassault Mirage III, aposentados em 2015.

Por quase dez anos, a Força Aérea Argentina, outrora uma das mais bem equipadas do continente, permanece com jatos de ataque subsônicos A-4 no papel de defesa aérea.

Nesse meio tempo, várias negociações foram iniciadas, mas esbarraram em questões técnicas, financeiras e também políticas.

A FAA operou o Mirage III até 2015
A FAA operou o Mirage III até 2015 (Chris Lofting)

O Reino Unido, por exemplo, barrou a venda de jatos FA-50 da Coreia do Sul por serem equipados com assentos ejetáveis Martin-Baker. Desde a Guerra das Malvinas, em 1982, o país europeu mantém sanções para fornecer material de defesa para a Argentina.

Com um governo de orientação de esquerda no poder, a Argentina se aproximou de uma possível aquisição do caça sino-paquistanês JF-17, com a Índia correndo por fora com o HAL Tejas.

O presidente dos EUA, Joe Biden, no entanto, decidiu intervir para impedir a influência chinesa na região e ofereceu os caças F-16 de segunda mão.

A despeito da idade, o jato da Lockheed Martin é considerado capaz e versátil para assumir a missão de superioridade aérea.

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