O episódio que resultou no abate de um balão espião chinês em janeiro deste ano sobre o território dos Estados Unidos deixou os generais norte-americanos apreensivos. A preocupação é tão evidente que a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, na sigla em inglês) do país iniciou o programa CAPTURE, com o objetivo de capturar balões.
O nome do programa é um acrônimo em inglês para “Capturing Aerial Payloads to Unleash Reliable Exploitation” (Capturando Cargas Aéreas para Liberar Exploração Confiável). A iniciativa tem como objetivo criar um método econômico para capturar balões estratosféricos, minimizando os danos colaterais e permitindo a recuperação dos objetos. De forma simplificada, a DARPA busca uma alternativa ao abate de balões por mísseis lançados por caças, como ocorreu neste ano.
Em busca de soluções para lidar com balões invasores, a DARPA emitiu um chamado convidando empresas do setor de defesa a desenvolverem propostas para o programa CAPTURE. A agência de pesquisas pede um dispositivo capaz de interceptar um balão “de forma segura para a zona envolvente e maximizando a exploração do sistema capturado”.
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“Incursões recentes no espaço aéreo dos EUA demonstraram limitações na capacidade de recuperar cargas sensíveis de objetos de baixa velocidade e alta altitude de uma maneira que é eficaz para seguir a exploração e escalável para emprego em diversas áreas geográficas”, explicou a DARPA em declaração sobre o programa de captura de balões.
O balão chinês que passou pelo espaço aéreo norte-americano no começo deste ano foi observado por vários dias, incluindo por uma aeronave U-2 Dragon Lady. O objeto foi derrubado por um míssil AIM-9X Sidewinder lançado por um caça F-22 Raptor, em 4 de janeiro. A ação foi considerada o “batismo de fogo” do jato de quinta geração da Lockheed Martin.