EUA contrata Boeing para construir o novo “Air Force One”

Nova geração do avião presidencial dos EUA será baseada na nova geração do Boeing 747-8
O Air Force One atual entrou em operação em 1990 (USAF)
O Air Force One atual entrou em operação em 1990 (USAF)
O "Air Force One" é equipado com sistema de defesa e blindagem contra radiação (Domínio Público)
O “Air Force One” é equipado com sistema de defesa e blindagem contra radiação (USAF)

O avião presidencial mais icônico do mundo, o Boeing 747 “Air Force One” dos Estados Unidos, vai ganhar uma nova geração. A fabricante norte-americana e o comando da Força Aérea dos EUA (USAF) assinaram nessa sexta-feira (15) um contrato avaliado em US$ 127 milhões para iniciar o desenvolvimento da aeronave, que exige uma série de modificações de cunho militar.

Esse já é o segundo acordo entre as duas partes em relação a renovação da frota presidencial dos EUA. Em fevereiro deste ano, a Boeing já havia recebido US$ 25,8 milhões para iniciar o detalhamento das requisições e design da aeronave, que será baseada no 747-8, a versão mais recente do jato comercial de grande porte.

O contrato da vez serve para a Boeing desenvolver os sistemas de controle e geração de energia, equipamentos eletrônicos, detalhes da cabine e antecipar processos de manutenção. O plano da USAF é adquirir até três jatos da nova geração, que terão a missão de substituir os dois modelos veteranos atuais, desenvolvido a partir do 747-200, em operação desde 1990.

A previsão é de que os novos 747 de transporte presidencial dos EUA entrem em operação a partir de 2023, ao mesmo tempo em que os modelos atuais encerram seus ciclos operacionais. O governo dos EUA também chegou a considerar o Airbus A380 para a função, mas acabou optando pela proposta da Boeing.

Mais adiante, a Boeing e USAF devem assinar mais contratos para finalizar o desenvolvimento do novo Air Force One, assim como sua fabricação, que deve começar até o final desta década.

Diferentemente do modelo comercial, 747 presidencial pode ser reabastecido em voo (USAF)
Diferentemente do modelo comercial, 747 presidencial pode ser reabastecido em voo (USAF)

“Casa Branca voadora”

O Air Force One é muito mais do que um avião de transporte executivo de grande porte, o que por si só já é algo impressionante. O Jumbo que carrega o presidente Barack Obama possui equipamentos de comunicação via satélite e até sistemas de defesa contra mísseis e radares e blindagem contra radiação. Com tantos recursos, a aeronave é chamada de “Casa Branca voadora” e em casos de guerra pode ser o posto de comando do governo americano.

O 747 presidencial dos EUA possui uma aérea interna de 370 m². Há quartos, banheiros, cozinha, sala de reunião e a cabine privada do presidente. A aeronave pode transportar cerca de 100 passageiros e trabalha com 26 tripulantes. De acordo com a USAF, o Air Force One, tem alcance de 13.000 km, que ainda pode ser estendido com reabastecimento em voo – o jato carrega 203 mil litros de combustível, o suficiente para dar meia volta ao mundo.

Air Force One

O termo “Air Force One” é utilizado por qualquer avião da USAF que transporta o presidente dos EUA. No entanto, é sempre lembrado como o nome da aeronave, que oficialmente é “VC-25A”. O código é utilizado na comunicação do aparelho com torres de controle e outros aviões.

Seguindo a mesma ordem, quando o presidente dos EUA viaja a bordo de aeronaves da Marinha, a mesma é chamada de “Marine One”, e em aparelhos do Exército o código “Army One”.

Em caso de guerras, o Air Force One pode ser utilizado como posto de comando avançado (USAF)
Em caso de guerras, o Air Force One pode ser utilizado como posto de comando avançado (USAF)

Veja mais: Rússia prepara o avião do “juízo final”

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  1. Isso falta ao Brasil. Nos vemos, de uma maneira infeliz, o aviao como um mino! Pois nao e. Em primeiro lugar ele pertence ao Pais, e nao ao Presidente. Portanto todo e qualquer Presidente pode usa-lo. Em segundo, o Presidente precisa estar preparado para todos os compromissos internos e externos que tiver agendados. Assim, eles necesariamente tem que ter um veiculo aereo que permita isso e , o nosso atual, e muito ruim! Lula fez demagogia quando o comprou. Preciamos entender que o veiculo e o Presidente representam de fato o Pais!!!!!!! E vamos parar de falar que gastar com isso e o problema!! nao e!! Vamos tratar dos problemas que de fato nos afetam. Queria que o Lula tivesse um aviao melhor queo Airforce 1 e 0 problema da Petrobras nao tivesse acontacido!

  2. Interessante como os EUA prestigiam sua indústria. O governo poderia fazer uma concorrência entre Boeing e Airbus (que produz o maior avião de passageiros do mundo), mas não, deu preferência à indústria nacional. Se fosse no Brasil….

  3. Moro nos EUA, estado de Connecticut onde temos uma fabrica de helicopteros Sikorsky, coisa de 40 min da minha casa. Tenho um amigo que graduou em engenharia mecanica e trabalha nessa fabrica. Outro dia ele me disse que recebeu uma encomenda de 32 helicopteros da presidencia dos EUA…so para servir ‘a presidencia e staffs…sao numeros superlativos para um pais em que tudo e’ superlativo…e eu achei que o presidente contava talvez com dois helicopteros para seu uso…

  4. Thiago, suas reportagens sao sempre muito informativas. Um pequeno ajuste em relação ‘a essa aqui. O helicóptero que esteja transportando o presidente dos EUA ganha o nome de “Marine One”, e não Marine Force One

  5. Paulo ….somo dois !!
    Infelizmente já sou considerado velho !!!

    Edson….valeu pelas palavras mas infelizmente o mercado é cruel !!!!

  6. Sou veterano, da epoca romantica da aviacao, vcp, cgh, gru, gig, mad, lis e jfk, dos saudosos b707-320, dc8-63 e por ahi afora, abracos aos entusiastas da aviacao.

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