A Turquia deve concluir um acordo para 40 caças Lockheed Martin F-16 Bloco 70/72 em breve após o presidente dos EUA, Joe Biden, sinalizar que irá buscar autorização no Congresso para aprovar um pacote militar estimado em US$ 20 bilhões.
A volta atrás ocorre após o governo turco concordar com a entrada da Suécia na OTAN, a aliança militar do Atlântico Norte. Até então, o presidente Tayyip Erdogan resistia a adesão por conta do posicionamento do govern sueco em relação aos curdos.
Além de caças novos, o pacote prevê a atualizar de 79 F-16 em serviço e também o envio de 900 mísseis ar-ar e 800 bombas.
A Turquia deixou de receber novos F-16 em 2012 após fechar um acordo para contar com 100 caças F-35, de 5ª geração. No entanto, em 2020, o governo dos EUA vetou o envio das aeronaves após o país adquirir mísseis terra-ar S-400, da Rússia.
Por ter investido US$ 1,4 bilhão no programa, o governo turco solicitou que o valor fosse usado na compra dos caças F-16.
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No entanto, a venda de caças F-16 para a Turquia incomoda a Grécia, também aliada na OTAN, mas que mantém um relacionamento delicado por conta da soberania de ilhas no Mar Egeu.
Parceira no caça F-16
Curiosamente, a Turquia tem sido uma parceira de longa data da Lockheed Martin no programa F-16. Desde 1984, a Turkish Aerospace Industries (TUSAŞ) participa da produção da aeronave, tendo montado quase 300 jatos desde então.
Até mesmo a exportação para o Egito dos caças F-16 contou com o apoio da TUSAŞ.
Atualmente, a empresa desenvolve um caça furtivo de 5ª geração, o Kaan, que deverá realizar seu voo inaugural em breve e entrar em serviço na Força Aérea da Turquia por volta de 2030.