As forças armadas dos Estados Unidos lançaram nesta quarta-feira (13) uma bomba GBU-43 MOAB no Afeganistão. Essa foi a primeira vez que o artefato, a bomba não nuclear mais poderosa do arsenal norte-americano, foi utilizado em combate. De acordo com a rede CNN, o bombardeio atingiu membros do grupo terrorista Estado Islâmico escondidos em cavernas na província afegã de Nangarhar, próximo a fronteira com o Paquistão.
MOAB é o acrônimo para “Massive Ordnance Air Blast Bomb”, que em português pode ser entendido como “bomba aérea de destruição massiva”. Por conta dessa sigla, nos EUA a bomba ganhou o apelido de “Mother Of All Bombs”, a “mãe de todas as bombas”.
O artefato, desenvolvido em 2003, durante a Guerra do Iraque, pesa mais de 11 toneladas e tem orientação por GPS. O poder de destruição da MOAB pode se espalhar por um raio de 1 km.
Devido ao grande porte, com 9,1 metros de comprimento, a bomba gigante dos EUA só pode ser lançada pela porta traseira de aviões de carga, como o jato C-5 Galaxy ou o turbo-hélice C-130 Hercules, como foi o caso do ataque realizado hoje pelo Comando de Operações Especias da Força Aérea dos EUA.
A ogiva da MOAB é composta por 8.165 kg de tritonal, uma mistura de dinamite (80%) e pó de alumínio (20%), que serve para potencializar a potência da explosão. Cada bomba GBU-43 é avaliada em US$ 16 milhões (cerca de R$ 50 milhões).
Rússia tem bomba ainda mais poderosa
A MOAB é considerada a segunda bomba não nuclear mais poderosa do mundo. A primeira colocação é da bomba ATBIP, sigla para “Bomba Aérea Termobárica de Poder Ampliado”, desenvolvida na Rússia e testada em 2007. Em alusão ao artefato dos EUA, o modelo russo foi apelidado como FOAB, abreviação em inglês para “Pai de Todas as Bombas”.
Apesar de ser uma tonelada mais leve que o modelo americano, a maior bomba convencional da Rússia tem poder de explosão quatro vezes superior ao da MOAB. Já seu raio de destruição é duas vezes maior.
O efeito da bomba russa é equivalente a 0,3% do poder de destruição da bomba atômica usada pelos EUA contra Hiroshima, no final da Segunda Guerra Mundial.
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Olá Thiago, excelente matéria, porém eu fiquei na dúvida se a GBU-43 é uma bomba termobárica. Caso não seja qual é a tecnologia empregada nela?