Três bombardeiros furtivos B-2 Spirit da Força Aérea dos EUA (USAF) chegaram nesta semana à ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico, na véspera dos exercícios navais chineses que serão realizados ao norte de Taiwan.
Está é primeira vez que bombardeiros estratégicos com capacidade de lançar armas nucleares são enviados para a remota ilha no Índico desde 2016, indicando a crescente preocupação dos EUA com as intenções da China em relação a Taiwan, território independente que Pequim classifica como uma província rebelde.
Os bombardeiros de longo alcance partiram da base aérea de Whiteman, no estado do Missouri, cruzando todo o Oceano Pacífico e parte do Índico até chegar em Diego Garcia, um arquipélago controlado pelo Reino Unido. Com sua avançada tecnologia stealth (que torna o avião “invisível” aos radares), os B-2 podem penetrar no território inimigo sem alertar os radares de defesa aérea e despejar uma carga bélica de 20 toneladas.
À medida que aumenta a tensão em Washington sobre a posição dos chineses em relação a Taiwan e às ilhas em disputa no Mar do Sul da China, as forças armadas dos EUA têm ampliado sua presença na região Indo-Pacífico.
A marinha da China programou para o próximo dia 16 de agosto um exercício militar com fogo real nas ilhas de Zhoushan, um arquipélago localizado a cerca de 545 km ao norte de Taiwan.
Analistas do Ocidente temem que os exercícios militares da China tenham sido projetados para simular a invasão das Ilhas Pratas ou Dongsha, dois atóis administrados por Taiwan e considerados pontos estratégicos entre o Mar do Sul da China e o Pacífico.
O envio dos três bombardeiros B-2 a Diego Garcia serve como um recado aos chineses sobre o alcance e a capacidade de combate da USAF, hoje a força aérea mais poderosa do mundo.
Nos próximos anos, a China terá o mesmo poder de dissuasão e ataque furtivo de longo alcance dos EUA. Equivalente chinês ao B-2, o Xian H-20, primeiro bombardeiro stealth projetado na China, deve ser apresentado até o final deste ano.
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