EUA preparam oferta de 38 caças F-16 para a Argentina

Proposta de caças F-16 para a Força Aérea Argentina também acompanha aeronaves de patrulha marítima P-3C Orion
Perto de completar 50 anos, o F-16 é um dos caças supersônicos mais produzidos da história (USAF)

A busca da Argentina por novas aeronaves de caça ganhou um novo capítulo. De acordo com o jornal local La Nacion, o governo de Joe Biden enviou duas notificações ao Congresso dos Estados Unidos pedindo a autorização para vender até 38 jatos de combate F-16 de segunda mão aos argentinos. A proposta, segundo a publicação, também pode incluir quatro aviões de patrulha marítima P-3 Orion.

Conforme noticiou o jornal, que afirmou ter acesso aos documentos do Departamento de Estado dos EUA, os F-16 que podem ser incluídos na proposta são modelos que pertencem à Força Aérea da Dinamarca e hoje estão estocados. São até seis caças na versão Block 10 e 32 Block 15, avaliados em US$ 338.695.634. Quanto aos aviões de patrulha, tratam-se de quatro P-3C avaliados em US$ 108.448.910 e armazenados pela Força Aérea da Noruega, sendo um deles equipado para combater submarinos.

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As operações, como indicam os documentos obtidos pela publicação, são movimentos de aquisição avaliados pela Força Aérea e a Marinha Argentina. As notificações apontam que Washington está preparado “para autorizar esta transferência levando em conta considerações políticas, militares, econômicas, de direitos humanos e controle de armas” e que a venda dos equipamentos para Buenos Aires “é consistente com os objetivos de assistência à segurança dos Estados Unidos”.

O P-3 Orion, apesar da idade, continua sendo um dos melhores aviões de patrulha marítima (FAB)
A Argentina também tem interesse em aeronaves P-3C de estoques da Noruega (FAB)

As notificações do Departamento de Estado sob a administração Biden foram enviadas aos Comitês de Relações Exteriores do Senado e da Câmara e ao presidente da Câmara, Kevin McCarthy, relatou o jornal. A aprovação da negociação pelas duas casas do Congresso é uma etapa inicial para a autorização da venda das aeronaves fabricadas nos EUA, mesmo que atualmente elas pertençam a outras nações.

Além da proposta de caças F-16 dinamarqueses intermediada pelos EUA, o governo de Alberto Fernández também tem na mesa ofertas da Índia (com o HAL Tejas) e da China e o Paquistão (que oferecem o PAC/Chengdu JF-17 Thunder). Mais do que uma simples venda de aeronaves militares, as negociações têm contornos geopolíticos no qual cada lado busca atrair a Argentina para sua esfera de influência.

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  1. Desde que o mundo existe, quem tem excedentes quer vendê-los e quem necessita quer comprar.
    Daí chega em outra questão, atual desde a pré-história, cadê o dinheiro para tal.

  2. Deixar a Argentina cair nos braços da China será um erro gigantesco para os EUA.
    As desavenças da Argentina com a Inglaterra deixam os EUA numa situação muito desconfortável pois sempre há alguma reclamação e medo por parte dos ingleses em serem novamente ameaçados pela Argentina, mesmo que hoje nossos vizinhos estejam infinitamente menos capazes de incomodar alguém.

  3. Mesmo sendo aeronaves de segunda mão a Argentina dificilmente conseguirá a compra de aeronaves novas e em quantidade adequada para suas necessidades.
    Esses 38 F-16, se estiverem realmente em ótimas condições, podem garantir pelo menos 20 anos de capacidade aérea e abrir caminho para uma nova fase para a força aérea argentina.
    Além disso pode ocorrer troca de experiências e sinergia de manutenções e logística de peças com o Chile que também opera o F-16.

  4. …então, um país falido vai pagar com dinheiro brasileiro a compra de caças de geração defasada para aposentar em mais 10 ou 20 anos…negócio da China (mas está na moda este tipo de negócio…).

  5. mas quem disse que é para pagar???
    é para China não vender e se aproximar mais da Argentina… é o xadrez político militar…

  6. São caças que já com eletrônica obsoleta, apesar de darem trabalho, não são páreo para os Eurofighter estacionados nas Falklands só o Chile que tem que se preocupar e o Brasil que esta recebendo seus novos caças a conta gotas.

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