O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 13, que suspenderá os voos fretados privados do país com destino a Cuba, a fim de aumentar a pressão econômica sobre a ilha no Caribe. O despacho coincide com a data de nascimento de Fidel Castro, ditador cubano falecido em 2016 que governou o país entre 1959 até 2008, quando entregou o posto a seu irmão Raúl Castro.
Em post no Twitter, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que havia pedido ao Departamento de Transporte que suspendesse os voos privados entre os EUA e Cuba, separados por apenas 150 km de distância (a partir do sul da Flórida).
“O regime de Castro usa fundos de viagens e turismo para financiar seus abusos e interferências na Venezuela. Os ditadores não podem lucrar com viagens aos Estados Unidos”, escreveu Pompeo.
Today I asked the Department of Transportation to suspend private charter flights between the U.S. and Cuba. The Castro regime uses tourism and travel funds to finance its abuses and interference in Venezuela. Dictators cannot be allowed to benefit from U.S. travel.
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) August 13, 2020
A medida suspende todos os voos fretados entre os EUA e todos os aeroportos cubanos, exceto para voos charter públicos autorizados de e para a capital cubana Havana. Também continuam permitidos voos particulares com fins médicos de emergência, busca e resgate e outras viagens consideradas de interesse da administração de Donald Trump.
A suspensão da maioria dos voos fretados entre os EUA e Cuba entra em vigor daqui apenas dois meses, em 13 de outubro.
Em maio deste ano, o Departamento de Transporte dos EUA impôs um limite de voos fretadas para Cuba, restringindo em 3.600 viagens por ano. Antes disso, em janeiro, o mesmo órgão norte-americano já havia proibido voos fretados para qualquer aeroporto cubano, exceto o terminal aéreo internacional de Havana.
Em outubro de 2019, os EUA proibiram a realização de voos comerciais regulares para todas as cidades cubanas, exceto para Havana.
Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em 2017, Washington vem endurecendo o bloqueio comercial sobre Cuba, iniciado em 1962, alegando que o país caribenho viola os direitos humanos ao apoiar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
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