EUA vão testar “canhão de laser” em caças em 2021

Força Aérea dos EUA escolheu a Lockheed Martin para desenvolver um sistema de armamento para aviões de combate que dispara laser
Enquanto um míssil pode custar centenas de milhares de dólares, disparar um laser custa apenas 1 dólar (Lockheed Martin)
Enquanto um míssil pode custar centenas de milhares de dólares, disparar um laser custa apenas 1 dólar (Lockheed Martin)
Enquanto um míssil pode custar centenas de milhares de dólares, disparar um laser custa apenas 1 dólar (Lockheed Martin)
Enquanto um míssil pode custar centenas de milhares de dólares, disparar um laser custa apenas 1 dólar (Lockheed Martin)

A ficção cientifica está perto de virar realidade. O Centro de Pesquisas da Força Aérea dos Estados Unidos (US Air Force Research Lab – AFRL) anunciou nesta semana sua escolha pela Lockheed Martin para desenvolver e produzir um sistema de armamento para caças que dispara lasers.

Mais um sinal de que a vida imita a arte é o nome do novo programa: ShiELD, de Self-protect High Energy Laser Demonstrator (Demonstrator de Laser de Energia Elevada para Auto-proteção), sigla famosa nos quadrinhos e filmes da Marvel pela agência que “monitora” o trabalho do grupo de heróis Vingadores.

Segundo comunicado do AFRL, o contrato é avaliado em US$ 26,3 milhões (cerca de R$ 85,4 milhões) e os primeiros testes com o sistema instalado em aeronaves já devem começar a partir de 2021.

“A Lockheed Martin continua a avançar rapidamente em sistemas de armamentos laser e tecnologias que fazem isso ser possível”, contou Rob Afzal, vice-presidente da Lockheed Martin Aculight Corporation, divisão da Lockheed Martin focada em pesquisas de tecnologias avançadas. A empresa norte-americana, famosa por produzir modernos aviões de combate, vem trabalhando nesse tipo de tecnologia nos últimos 40 anos.

Derretendo os alvos

Como antecipou o Centro de Pesquisas da força aérea americana, o programa ShiELD inclui o desenvolvimento de três subsistemas. O primeiro equipamento é uma espécie de canhão que será responsável por apontar o feixe de laser com precisão para o alvo.

O caça equipado com esse armamento também vai precisar de um sistema para geração de energia e resfriamento do “canhão laser”. O plano do grupo é combinar esses dois recursos em um pod (um tipo de container de equipamentos para aviões) montado no caça. E, por fim, o laser em si, cujo disparo será capaz de derreter os objetos para onde for direcionado.

LaWS, a arma laser de verdade: sem raio colorido nem barulho (US Navy)

“O desenvolvimento de sistemas como o ShiELD demonstram que esse tipo de armamento está se tornando realidade. As tecnologias estão prontas para serem produzidas, testadas e entregues para serem usadas a partir de aeronaves, veículos terrestres e navios”, afirmou Afzal.

A Marinha dos EUA (US Navy) já testa desde 2014 a bordo do navio de ataque anfíbio USS Ponce um canhão de laser, o sistema LaWS (Laser Weapon System – Sistema de Armamento Laser), desenvolvido pela Kratos Defense & Security Solutions. Apesar de ainda ser uma tecnologia em fase experimental, o equipamento já demonstrou que pode abater pequenas aeronaves não-tripuladas e embarcações.

“Usando o laser, a entrega é na velocidade da luz. Basta apertar um botão e o alvo é imediatamente eliminado”, explica Iain Mackinnie, diretor de desenvolvimento da Lockheed Martin.

Além da velocidade surpreendente, disparar um laser também é infinitamente mais barato que lançar um míssil: o custo de cada “tiro” com o canhão de laser LaWS da Marinha dos EUA é estimado em apenas um dólar, ao passo que um míssil pode custar centenas de milhares de dólares.

Veja mais: Novo Gripen realiza primeiro voo supersônico

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