O destino final do casco ex-porta-aviões São Paulo deve ser mesmo o fundo do mar. A Marinha do Brasil teria confirmado a veículos de imprensa a intenção de afundá-lo nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, a despeito dos danos ambientais que podem ser causados.
O Ministério Público Federal, no entanto, tenta barrar a ação na Justiça. O processo está correndo na 2ª Vara Federal de Pernambuco, mas talvez seja tarde para que qualquer decisão tenha efeito.
A embarcação está em alto mar na altura de Pernambuco desde o dia 20 de janeiro, quando um navio da Marinha, acompanhado da fragata “União”, assumiu seu reboque após sua dona desistir de levá-lo para a Turquia.
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O navio voltou ao país em outubro do ano passado, após o governo turco proibir sua entrada em suas águas, onde seria desmontado. A razão alegada é a quantidade de amianto e outros materiais tóxicos que fazem parte da sua estrutura. Até hoje, não há um entendimento sobre qual é o tamanho da carga já que Marinha e entidades apontam números diferentes.
Após três meses de impasse, o estaleiro turco Sök Denizcilik and Ticaret Limited decidiu renunciar ao direito de propriedade do ex-São Paulo. A empresa tentou obter autorização para realizar reparos no navio a fim de tentar recebê-lo na Turquia, mas várias instâncias governamentais negaram essa possibilidade.
Violação de tratados ambientais internacionais
Desde o final do ano passado, a Marinha tem dado indícios de que a situação do navio é cada vez pior, com degradação das condições de flutuabilidade. Por isso, o naufrágio intencional, por meio de explosivos, seria o caminho para pôr fim ao navio.
Entidades ambientais já haviam alertado sobre as intenções da Marinha, mas não conseguiram mobilizar o governo federal a impedir os planos.
“Pelas evidências disponíveis, a Marinha do Brasil já deveria ser condenada por negligência grave. Se continuarem a despejar a embarcação tóxica no Oceano Atlântico, violarão os termos de três tratados ambientais internacionais e o farão por nenhuma boa razão”, disse Jim Puckett, diretor da ONG Basel Action Network.
AIRWAY enviou questionamentos à Marinha do Brasil em 21 de janeiro, mas até a publicação deste artigo não havia recebido resposta.
Compra + não sabe o q comprou agora tem q descartar jogo no mar.
Parabéns Gov brasileiro