A Saab anunciou nesta segunda-feira (6) a assinatura de um novo contrato com o Exército Brasileiro (EB) para o fornecimento do sistema RBS 70, um lançador portátil de mísseis telecomandados de defesa aérea. Segundo a empresa com base na Suécia, o valor total do pedido é de aproximadamente 105 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 36 milhões), e as entregas ocorrerão entre 2017 e 2018.
O sistema RBS 70 é utilizado pelo EB desde 2015 e fez parte da segurança dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O contrato assinado entre a Saab e o Exército inclui postos de tiro com mira a laser, dispositivos de visão noturna, simuladores de treinamento, camuflagem multiespectral e equipamentos de testes e manutenção – a fabricante não divulga quantos lançadores e mísseis foram vendidos ao Exército.
“Com essa encomenda, o Exército Brasileiro dá andamento ao processo de aprimoramento de sua capacidade de defesa antiaérea. O sistema desempenhou um papel muito importante na proteção dos Jogos Olímpicos de 2016, proporcionando não apenas segurança aos jogos, mas também à infraestrutura estratégica. Sabemos que os recursos e a confiabilidade do sistema são altamente apreciados pelo cliente”, disse Stefan Öberg, chefe da unidade de negócios Sistemas de Mísseis da área Dynamics da Saab.
De acordo com o fabricante, o míssil com orientação a laser tem alcance de 8 km e pode atingir mach 2 de velocidade máxima, o equivalente a 2.469 km/h ou duas vezes a velocidade do som. O artefato pode abater aeronaves a 5.000 metros de altitude.
O sistema RBS 70, fabricado desde 1977, é utilizado por 19 países, que adquiriram cerca de 1.600 postos de tiro com mais de 18 mil mísseis.
O equipamento já foi utilizado em combate pelo exército da Venezuela, durante a tentativa de golpe de estado em 1992. Na ocasião, um bimotor OV-10 Bronco da força aérea venezuelana operado por militares rebeldes foi abatido com sucesso.
Veja mais: Produção do Gripen NG é iniciada no Brasil
O Brasil não possui nenhuma bateria anti-aérea eficiente. Temos apenas os F5 pra fazer milagre. Não consigo entender uma coisa: Se temos praticamente o mesmo orçamento da Índia, Porque não dispomos da mesma tecnologia? Precisamos de um esclarecimento!
Um país que não investe em educação e na produção científica/pesquisa…