F-16 como favorito no lugar do chinês JF-17? Disputa por caça argentino ganha novos contornos

Presidente eleito Javier Milei tem sugerido alinhar país aos Estados Unidos em vez da aproximação do atual governo com a China. Concorrência para suprir força aérea com novo caça pode mudar de rumo
Caça F-16 da Dinamarca (Anna Zvereva)

A longa concorrência da Força Aérea Argentina (FAA) para selecionar um novo caça pode mudar de direção a partir de dezembro quando o presidente eleito Javier Milei assumiu o cargo.

O ultraliberal, ao contrário do atual governo de esquerda, tem dado sinais de alinhamento com o Ocidente em vez de se aproximar dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Logo que venceu as eleições, Milei quebrou uma tradição em que o presidente argentino faz a primeira viagem internacional ao Brasil e vice-versa. Em vez disso, fará uma visita à Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

O caça JF-17 Bloco III (Chengdu)

O posicionamento à direita da futura administração sugere que as chances da Hindustan Aerospace, com o caça LCA Tejas, e sobretudo das parceiras PAC e Chengdu, com o jato JF-17 Thunder diminuíram.

Até então, o caça sino-paquistanês era considerado favorito para substituir os já aposentados supersônicos Dassault Mirage III na Força Aérea.

Com tecnologia de origem chinesa e russa, um bom pacote técnico e preço acessível, o JF-17 chegou até a aparecer em documentos como caça escolhido, o que acabou sendo desmentido pelo governo do presidente Alberto Fernández.

F-16 dinamarqueses entram na concorrência

A Força Aérea Argentina chegou a negociar um acordo com a Coreia do Sul (FA-50), mas esbarrou no veto do Reino Unido, que mantém sanções à Argentina para aquisição de armamentos desde a Guerra das Malvinas nos anos 80 – o caça sul-coreano tem assentos ejetáveis da britânica Martin-Baker.

O caça LCA Tejas (IAF)

Temendo a aproximação da China com países da América do Sul, os Estados Unidos abriram caminho para que uma proposta de venda de caças F-16 de segunda mão da Dinamarca pudesse ser aprovada.

O aval surgiu em outubro e inclui 24 caças, além de armamentos e suporte técnico. Embora mais antigo que o Tejas e o JF-17, o F-16 é um jato de combate de comprovada eficácia e operado por várias forças aéreas.

Milei, que durante a campanha, prometeu afastar a Argentina da China e do Brasil, que têm líderes de esquerda, moderou seus comentários a respeito da potência asiática, mas soa como improvável que isso possa favorecer o JF-17.

O Mirage III era o principal caça da Argentina; jatos eram veteranos da Guerra das Malvinas (Chris Lofting/CC)

A Força Aérea do país está sem um caça genuíno desde 2015, quando o último Mirage, já bastante desatualizado, foi retirado de serviço. Desde então, a Argentina improvisa aviões de ataque subsônicos A-4R na missão de defesa aérea.

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Na prática, a estratégia envolve manter seus pilotos ativos enquanto esperam por uma aeronave supersônica e com sistemas e armas mais avançados.

A Argentina é atualmente a única grande nação da América do Sul sem caças, um desafio que estará nas mãos do novo presidente resolver.

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  1. Que esta eleição seja a “luz no fim do túnel” para a América do Sul, isso se os povos destes países realmente quiserem um futuro melhor a seus descendentes.

  2. A Argentina foi e ainda sobre negligências por seus próprios líderes que deveriam cuidar do país, mas preferiram acabar com tudo e agora o preço dessa safadeza chegou.
    Espero mesmo que Milei consiga colocar o país nos trilhos e fazer laços reais, honestos e duradouros com países que realmente se alinham com o desenvolvimento e colaboração mútua.
    A compra de caças, sejam eles novos ou usados vai dizer muita coisa sobre a postura que a Argentina terá daqui pra frente.
    Em paralelo, os EUA tem uma oportunidade de ouro nas mãos em não deixar que um país do Atlântico Sul caia nas mãos dos chineses e consequentemente vire um novo quintal do comunismo.

  3. Concordo com que disse Eduardo Alex(trocar 6 por 1/2 dúzia ), já o outro comentário é de uma infantilidade típica das bolhas do Telegram…

  4. Ao “sabichão”: procure estudar História e entenderá meu comentário, isso se souber interpretar texto, é claro!

  5. A Argentina acredita que é um país europeu, seu peronismo maluco com mortos embalsamados em seus palácios só criou uma mítica nunca um bem estar p/ população e se o Milei pensa que vai virar outro Peron vai se arrepender. sua política liberal radical não vai funcionar, não num país com diversos monopólios, onde não a concorrência e os donos do capital ditam regras e valores. Dinheiro não tem coração nem ideologia, esquerda ou direita são p/ debiloides manipulados. A China é um dos maiores parceiros comerciais tanto do Brasil como da Argentina, eles não vão abrir mão de fazer negócios por ideologia, afundando ainda mais o país isso é tudo bravata igual a 2 anencéfalos governantes de 2 países conhecidos. Quintal chinês? (comentário anterior) A América Latina é quintal dos EUA a séculos e o que isso nos trouxe de real? só será quintal se submeter como fazem todos esses anos p/ os EUA.
    F16 é de fato um bom caça, mas até os EUA os estão aposentando e querem vender algo usado p/ os falidos argentinos em vez de caças novos num custo menor e de manutenção mais fácil.
    isso ideologia….vai levantar a Argentina
    tá legal vou acreditar em papai Noel tbm.

  6. Novo quintal do “comunismo” kkk… Realmente as bolhas do Telegram engoliram o tico e teco dos pseudos “especialistas” em militarismo. Milei já mandou carta convite para Lula, o verdadeiro chefe de Estado do momento, o resto foi campanha e já traindo a base, políticos fazendo politicagem, tudo normal! Temos compromissos com a Argentina, e faço votos para que a Embraer faça gol com KC 390 ou Super Tucano, quem sabe. Como também dito por João Orestes, outra boa opinião: SAAB/Embraer e o Grippen e o “poderoso” jato 1.0 16v(risos). Argentina tem a FAMA-capacidade de montagem dos aviões internamente, saem perdendo mais ainda sem a cooperação chinesa. Reitero: especialistas das bolhas bolsonaristas do Telegram tem visão de cabresto, não geopolítica.

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