A uma semana de completar um ano proibido de voar, o Boeing 737 Max está perto de fazer seu voo de certificação, afirmou Stephen Dickson, chefe da FAA, a agência de aviação civil dos EUA, que coordena os trabalhos de correção dos problemas do jato. Falando em uma conferência de aviação em Washington, Dickson disse que estão “trabalhando nos últimos problemas de revisão e documentação de software e, em questão de poucas semanas, estaremos vendo um vôo de certificação”.
Embora exista a chance de ocorrer ainda em março, o aguardado voo de teste deve ser realizado no início de abril, abrindo espaço para que a aeronave volte ao serviço nos meses seguintes, o que é aguardado com ansiedade por dezenas de companhias aéreas como a Gol, uma das maiores clientes do modelo. Graças ao seu alcance excepcional e ao baixo consumo de combustível, o jato da Boeing prometia melhorar as margens de lucro de seus operadores a ponto de a companhia aérea brasileira acelerar a substituição de sua frota de 737 NG pelos Max, incluindo a variante 737 Max 10, a maior da história.
Após dois acidentes fatais entre outubro de 2018 e março de 2019, o FAA decidiu aterrar toda a frota de 737 Max, na época um total de 371 aviões. O reconhecimento de que o jato tinha graves problemas de segurança, no entanto, só ocorreu após apelos de outras agências de aviação e do próprio presidente Donald Trump.
Sem outra saída, a agência, que vinha negando irregularidades no avião (assim como a Boeing), capitulou em 13 de março, quando boa parte dos 737 Max já estava parada por iniciativa das próprias companhias aéreas, desconfiadas das similaridades entre os dois acidentes da Lion Air e Ethiopian Airlines.
Mais tarde soube-se que ambos haviam entrado em mergulhos irrecuperáveis por conta do mal funcionamento do software MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), que foi concebido para ajudar os pilotos em altos ângulos de ataque. Em vez disso, o sistema acabou abaixando o nariz do avião inadvertidamente, baseado em leituras errôneas de outros sensores.
Inicialmente, a Boeing tentou buscar uma solução rápida que não afetasse a produção do jato, mas revelações posteriores acabaram piorando ainda mais a imagem da fabricante e que culminaram com a demissão do CEO, Dennis Muilenburg, em dezembro.
Embora o voo de certificação possa ser um momento de virada na grave situação do 737 Max, isso não significará que a Boeing terá superado o episódio. Com cerca de 800 aviões parados, entre unidades entregues e esperando para serem enviadas a seus clientes, a fabricante terá que administrar um longo processo de normalização em sua cadeia de produção que pode levar anos.
Veja também: Boeing inicia testes com o Max 10, o maior 737 da história
Será mesmo que a solução foi encontrada????
O tempo nos dirá, todo esse tempo um Nome como da Boeing sendo manchado e esta qtde de aeronaves aterradas por um pequeno problema de Software. Kkkkk ???? só acredita mesmo nesta desculpa quem não conhece nada de nada neste mundo eletrônico. E o Simuladores de Vôo que estavam tbm enganando os Pilotos e os órgãos certificadoras foram corrigidos ?????
Como disse o tempo nos dirá só desejo que nenhuma outra vida seja interrompida por estas empresas inescrupulosas que através de péssimas gestões colocam o resultado a frente da segurança. Eu serei por muito tempo um dos observadores assíduos de olho nesta aeronave e a Gol acaba de perder um cliente c/ toda certeza.
Melhor se informarem em quem entende do assunto do que comentário de um “especialista de teclado”.