A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer chegaram a um acordo a respeito da redução da encomenda de 28 aviões de transporte militar KC-390 Millennium.
Em vez das 15 unidades pleiteadas, a Aeronáutica receberá 22 aeronaves, reduzindo a encomenda em seis KC-390. No entanto, as entregas serão estendidas até 2034 – restam 17 aviões após a atualização do contrato.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, não comentou o resultado das negociações, se limintado a compartilhar um post em rede social da Embraer que noticiou o acordo.
Desde o início da polêmica, Baptista Junior esteve no centro das atenções a respeito da mudança de planos da Força Aérea Brasileira. Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro em março do ano passado, o militar assumiu o lugar do Brigadeiro Antônio Carlos Bermudez.
Semanas depois de assumir, o novo Comandante revelou à imprensa a intenção de cortar a encomenda de 28 KC-390, alegando problemas orçamentários. A Embraer e a Força Aérea até então conversaram internamente sobre o assunto, mas Baptista Junior veio à público, criando um desgaste na relação entre os dois parceiros.
Após meses de negociações infrutíferas, o Comandante da Aeronáutica voltou a se pronunciar publicamente em novembro, afirmando que o governo federal iria alterar o contrato com a fabricante de forma unilateral. Diante da polêmica, Bolsonaro acabou tecendo elogios à Embraer e visitando seu estande no Dubai Airshow, dias depois.
Na semana passada, em entrevista à Folha de São Paulo, Baptista Junior afirmou que a FAB e a Embraer estavam perto de um acordo, mas sem revelar o número de aeronaves a serem suprimidas do contrato.
Na ocasião, ele considerou a encomenda original impraticável. “Comprar 28, só vamos receber daqui a 14 anos, não faz sentido para nós ou para a Embraer. Há processos de obsolescência a analisar”, disse.
Mas no novo arranjo, a Força Aérea levará 12 anos para receber os 17 KC-390 pendentes de entrega. No cronograma original, a Embraer entregaria os últimos jatos em 2027.
Ao mesmo tempo em que tentava reduzir o contrato com a fabricante brasileira, Baptista Junior já encaminha a encomenda de um segundo lote de 30 caças Saab Gripen E, em complemento aos 36 aviões que estão sendo produzidos.
Precisamos mesmo é de caças.
Na realidade precisamos de quase tudo quando o assunto e defesa militar .
O Brasil devia ter pelo menos uns 160 caças .