Manter o avião presidencial brasileiro vai custar mais de R$ 100 milhões nos próximos três anos. Segundo edital publicado no Diário Oficial da União, no dia 4 de maio, o Comando da Aeronáutica contratou o centro de manutenção de aeronaves da companhia TAM para revisar o “FAB-VC1A”, o Airbus A319 executivo da Força Aérea Brasileira (FAB), até maio de 2019.
O contrato de suporte logístico inclui serviços de revisão programada e reforma da aeronave, baseado nas horas de voo do aparelho e recomendações do fabricante. O acordo também prevê operações de manutenção de emergência. O centro de manutenção da TAM é a “oficina” do avião presidencial desde que ele chegou ao Brasil, em 2005.
Assim como os automóveis, aviões também passam por revisões programadas. Cada uma delas têm uma série de processos específicos, indicados pelo fabricante de acordo com a idade da aeronave ou suas horas de voo, o “hodômetro” da aviação. É um processo criterioso e essencial para manter a aeronave voando respeitando os limites de segurança.
Reapertando os parafusos
Como apurou o Airway, o Airbus da Aeronáutica está perto de passar por seu primeiro “D Check”, um longo serviço de revisão que praticamente desmonta a aeronave em busca de defeitos. Nessa operação, que dura cerca de dois meses, diversos componentes e equipamentos são revitalizados ou substituídos por versões mais modernas. Até a pintura externa do avião é renovada nesse processo.
Aeronaves comerciais, que voam com maior frequência, realizam o D Check, em média, quando completam 10 anos. O avião presidencial do Brasil, também chamado de “Santos Dumont”, está perto de completar 12 anos. A aeronave foi adquirida em 2004, durante o governo Lula.
Em contato com o Airway, a LATAM Airlines informou que, “por motivo de confidencialidade contratual”, não comenta nenhum detalhe sobre as relações com seus clientes. Já a FAB, “por questões de segurança nacional”, não revela quais serviços de manutenção serão realizados no Airbus presidencial.
O centro de manutenção da LATAM é o maior e mais avançado da América Latina. Além de revisar seus próprios aviões, a empresa também oferece o serviço a outros operadores, como companhias aéreas ou forças aéreas. A oficina instalada no aeroporto de São Carlos é certificada para revisar aeronaves da Airbus, Boeing, ATR e Fokker.
Preço alto, mas normal
Achou o valor da revisão do avião presidencial brasileiro alto? A culpa é do dólar… Na aviação, praticamente tudo é cobrado na moeda americana. Essa manutenção é obrigatória a todos os aviões, especialmente comerciais – aeronaves sem os certificados de manutenção em dia são proibidas de voar.
Os processos de manutenção prolongam a vida útil do avião. Porém, conforme sua idade aumenta, os preços das próximas revisões também ficam mais caros. em contrapartida, ainda é mais barato do que “trocar” de avião: um A319 executivo atual, com características semelhantes ao usado no Brasil (da série Governments), é avaliado em cerca de US$ 300 milhões, mais de R$ 1 bilhão na cotação atual.
Veja mais: Conheça os aviões executivos da FAB
poi isso a sea Dilma não pode viajar mais….
A presidência deveria utilizar um Embraer 190 modificado para longas distâncias
Não. Um A319 custa aproximadamente 90 milhões de dólares: http://www.airbus.com/presscentre/pressreleases/press-release-detail/detail/new-airbus-aircraft-list-prices-for-2016/
Não é possível que suas adaptações tripliquem o valor do aparelho.
FLAVIO MENDES É POR LICITAÇÃO