O Esquadrão Onça da Força Aérea Brasiliera (FAB), baseado em Campo Grande (MS), participou de uma operação de transporte de três toneladas de material radioativo com o cargueiro C-105 Amazonas (Airbus-CASA C-295), realizada na sexta-feira (27). A missão foi cumprida em apoio à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Segundo comunicado da FAB, o avião transportou em torno de 30 caixas de pastilhas feitas de urânio, material que serve como combustível para reatores nucleares. Os elementos estavam na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e foram recolhidos para armazenamento no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), em São Paulo.
Como explicou o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, o apoio da FAB foi importante na segurança da operação. De acordo com Pertusi, caso não houvesse o suporte, seria preciso fazer o transporte dos elementos por rodovias, “tornando mais perigosa, cara e demorada a operação, envolvendo, inclusive, escolta policial”. O material é considerado perigoso e, portanto, controlado por agências internacionais e acordos bilaterais, que preveem inspeções nos locais de armazenamento.
Pertusi ainda destaca que essa não é a primeira vez que a FAB e a CNEN trabalham em conjunto. “A FAB tem apoiado a CNEN não apenas em momentos críticos, a exemplo do que ocorreu no acidente com o Césio 137, em Goiânia, há 30 anos, quando atuou decisivamente na evacuação das vítimas, mas também em outras operações específicas, em que a segurança e a presteza são decisivas, como a de transporte de elementos combustíveis nucleares ocorrida nesta semana”, declarou o presidente.
Um dos tripulantes do Esquadrão Onça, que participou da missão, Sargento Zenilton Aparecido da Silva, afirma que foram em torno de dez horas de missão, entre a chegada na Ala 15, em Recife (PE), o deslocamento até a Ala 13, em Guarulhos (SP), além da carga e descarga do material. Para a missão. “Também estavam a bordo três técnicos, que faziam a medição dos níveis de radiação”, explica o Sargento Aparecido.
Fonte: FAB