A fabricante estatal de aviões comerciais COMAC, da China, atualizou seus planos de produção para 2025, estabelecendo uma meta 50% maior do que a prevista em janeiro.
Segundo informações compartilhadas com fornecedores em uma conferência nos últimos dias, a COMAC planeja produzir 75 aeronaves até dezembro, sendo mais de 50 delas do modelo C919, que é concorrente do Airbus A320neo e do Boeing 737 MAX.
Até então, o plano era chegar ao final de ano com 50 aviões concluídos, um volume similar ao que foi entregue em 2024.
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O novo planejamento revela o foco no C919, uma aeronave maior e mais capaz que o jato regional C909 (antigo ARJ21). No ano passado, a COMAC entregou 37 desses novos aviões com 164 assentos.
Apenas as três grandes companhias aéreas chinesas (Air China, China Southern e China Eastern) encomendaram mais de 300 aeronaves do tipo.

A COMAC também expandiu os planos de produção para os próximos anos. Já em 2026, ela espera concluir 100 aeronaves C919 e atingir uma taxa anual de 200 jatos em 2029.
Até dezembro passado, a fabricante baseada em Xangai havia entregue 16 C919, em 2025 nenhuma aeronave foi registrada sendo enviada a seus clientes ainda.
A ampliação da produção ocorre em meio a esforços do governo chinês para obter a certificação de tipo da aeronave junto à EASA (Europa), o que abriria vários mercados para o C919.
Ainda assim, o rival do A320 e 737 está muito longe ainda de se equiparar ao ritmo de produção dos modelos ocidentais.
A Boeing entregou 71 737 MAX apenas no primeiro bimestre de 2025 e a Airbus enviou mais de 600 aviões da família A320neo no ano passado.