A FedEx fez uma solicitação surpreendente ao DOT (Departamento de Transporte dos EUA) em 2019 e que só foi revelada recentemente. A empresa cargueira pretendia instalar um sistema anti-míssil por laser como contramedida para possíveis ataques por artefatos guiados a calor.
Até aí não há novidade afinal em 2007 a FedEx havia instalado o Guardian, um equipamento do tipo fabricado pela Northrop Grumman, em 10 de seus trijatos MD-10 para testes. Mas a proposta da empresa envolveu o A321-200, aeronave que não é operada por ela.
A preocupação a respeito de possíveis ataques se explica pela existência de sistemas portáteis guiados a calor lançados do solo. “Nos últimos anos, em vários incidentes no exterior, aeronaves civis foram alvejadas por sistemas de defesa aérea portáteis”, diz o texto enviadop por ela ao DOT.
Conhecido pela sigla DIRCM (Directional Infrared Countermeasures ou contramedidas para infravermelho direcional, numa tradução livre), o equipamento é instalado na parte inferior da fuselagem e funciona apontando raios laser em direção aos mísseis a fim de ‘cegá-los’ ou desviá-los de seu curso.
A instalação de sistemas de defesa em aviões civis já ocorre há tempos. A companhia aérea israelense El Al foi a primeira a instalar um equipamento do gênero mas baseado em flares, que disparam partículas metálicas incandescentes e que são usados em aviões militares – o sistema, no entanto, tem um custo proibitivo.
A321 cargueiro
A FedEx também chamou a atenção por relacionar o pedido ao A321, uma aeronave que além de não constar de sua frota, não tem um uso tão difundido no setor de carga aérea.
Apenas recemente variantes convertidas com o suporte da Airbus começaram a entrar em serviço, sugerindo que a FedEx chegou a considerar encomendar o A321 cargueiro em algum momento.
Consultada por veículos de imprensa no exterior, a FedEx não se pronunciou sobre a proposta.