A Czech Airlines, outrora companhia de bandeira da República Checa e da antiga Tchecoslováquia, encerrará suas operações após 101 anos, no dia 26 de outubro.
Nesse dia, a empresa deixará de utilizar o código “OK” para ter seus voos transferidos para a Smartwings (QS), além de deixar a aliança Skyteam.
A companhia aérea foi fundada como ČSA – Československé Státní Aerolinie no dia 26 de outubro de 1923 e operou por décadas com aeronaves de origem soviética.
Foi uma das primeiras companhias aéreas a receber aeronaves a jato, no caso o Tupolev TU-104A em 1957, o empregando na rota Praga-Moscou. A empresa também chegou a voar para Nova York, Montreal e Havana a partir da década de 1960.
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Com o fim da União Soviética e a cisão da Tchecoslováquia em República Tcheca e Eslováquia, a ČSA adotou o nome atual de Czech Airlines e introduziu modelos ocidentais na frota, como o A310-300, A320-200 e o 737-300.
Sua frota moderna e rede a colocavam como uma das mais dinâmicas do antigo bloco soviético e a primeira da região a ingressar em uma aliança global, a Skyteam, em 25 de março de 2001
Em março de 2013 começou a operar voos para Seul, na Coréia do Sul. O voo era parte da parceria com a Korean Air, que tinha comprado na mesma época 44% da empresa. Em 2015 a empresa charter Travel Service (atual Smartwings) comprou 34% do governo tcheco, fatia que foi aumentada para 78% em 2017, após comprar as ações da Korean Air.
Com controle efetivo da companhia, a Smartwings racionalizou a frota da Czech Airlines, aposentando os A319 e ATR-72. Com a pandemia da COVID-19, a empresa entrou em concordata e cancelou a rota internacional para Seul.
Após o período de concordata, a Czech Airlines emergiu com nova estrutura societária: 30% com a Smartwings e o restante com a Prague City Air. A empresa ficou com apenas um A320-200, operando na rota Praga-Paris.
Em maio de 2024 foi anunciado que a Czech Airlines seria descontinuada e que se tornaria uma holding que abrigará a Smartwings. Um fim melancólio para a quinta empresa aérea mais antiga do mundo, depois da KLM, Avianca, Qantas e Aeroflot.