Com a produção do gigante A380 com data marcada para terminar, a Airbus pode retomar o fôlego para tirar mais um super-avião de sua cartola: o A350-2000. Com potencial para ser o maior avião comercial bimotor do mercado, a aeronave pode superar o novo Boeing 777-9X, programado para estrear em 2020.
Segundo análise do blog Leeham News, a decisão da Airbus de encerrar o programa A380 abre caminho para a versão ampliada do A350, maior ainda que o recém-lançado A350-1000 e que vem sendo estudada pela fabricante nos últimos quatro anos.
A publicação ainda aponta que tal projeto não saiu do papel justamente porque a Airbus temia canibalizar as vendas do A380, cuja produção será encerrada em 2021.
O A350-2000 é sugerido para transportar entre 400 e 450 passageiros, capacidade acima da projetada para o 777-9X (até 414 passageiros) e que ainda pode ser interessante às companhias aéreas, diferentemente do modelo hoje insustentável do A380, capaz de transportar mais de 500 ocupantes, mas de forma ineficiente devido a sua complexa operação e o alto consumo de seus quatro motores.
Outro fator que pode levar adiante o projeto do A350-2000 é o novo motor a jato da Rolls-Royce, o Ultra Fan, ainda em fase de desenvolvimento e previsto para chegar ao mercado em meados de 2025. O propulsor, projetado para equipar os modelos da família A350, pode apresentar números de desempenho superiores aos do GE9X, da General Eletric, proposto para a nova geração do 777. Isso daria ao jato da Airbus maior economia de combustível e mais autonomia de voo.
Com o fim da produção do A380 em dois anos, o posto de maior avião comercial do mundo produzido em série pode retornar ao Boeing 747. No entanto, o Jumbo também pode ser descontinuado nos próximos anos, algo que a própria fabricante admitiu em 2016.