Um Fokker 100 da companhia Iran Air, do Irã, realizou um pouso forçado no aeroporto de Mehrabad, em Teerã, na noite dessa terça-feira (19). A aeronave pousou de barriga e ainda sofreu um princípio de incêndio depois que parou na pista, mas o fogo logo foi controlado e todos os 100 passageiros a bordo foram evacuados sem ferimentos, informou a agência estatal Fars.
De acordo com a agência iraniana, o trem de pouso da aeronave não baixou de forma apropriada, mesmo após os pilotos circularem o aeroporto realizando manobras para tentar descer o conjunto de rodas. A aeronave voava de uma ilha no Golfo Pérsico para a capital do Irã.
A televisão estatal IRIB, citando Reza Jafarzadesh, diretor de relações públicas da organização de aviação civil do Irã, disse que o avião transportava 24 passageiros e nove tripulantes. O canal, no entanto, não deu qualquer explicação sobre a discrepância nos números de ocupantes a bordo do Fokker 100 da Iran Air.
Aviação em crise no Irã
O Irã é um dos países que mais vem registrando acidentes com aviões e helicópteros nas últimas décadas. O país enfrenta duras sanções dos Estados Unidos que impedem a compra de novos aviões ou mesmo peças de reposição do Ocidente para modernizar e manter sua frota. Por conta dessa precariedade, companhias aéreas iranianas são proibidas de voar para Europa.
ویدئو فرود آمدن #هواپیما #هما که بدون چرخ فرود امده
این دوستم تو هواپیما بوده که فیلم گرفته pic.twitter.com/IOPYcMW1cT— یوسی ایل ی (@illyvalley) 19 de março de 2019
As sanções impostas ao Irã são tão severas que o país é proibido até mesmo de comprar aeronaves da Rússia, que tradicionalmente é um parceiro da república islâmica no Golfo. No início deste ano, os EUA barraram a venda de 20 jatos SSJ100 da Sukhoi ao país. O avião russo contém cerca de 10% de componentes de fabricação norte-americana.
No final de 2018, os EUA também proibiu a venda de 200 aeronaves para a companhia Iran Air, que haviam encomendado aeronaves da Boeing, Airbus e ATR.
O pouso forçado do Fokker 100 da Iran Air foi o segundo incidente deste tipo ocorrido no país em pouco mais de um ano com o mesmo tipo de aeronave. Em 16 de fevereiro de 2018, um jato da Qeshm Air também sofreu uma falha no trem de pouso e realizou um pouso forçado em Mashhad.
Dois dias após o incidente com o Fokker 100 da Qeshm Air, um turbo-hélice ATR 72 da companhia Iran Aseman Airlines caiu em Yasuj. Todos os 66 ocupantes que estavam a bordo morreram.
O Irã também foi o país que registrou o primeiro desastre aéreo em 2019. Em 14 de janeiro, um Boeing 707 de carga operado pela força aérea do país caiu em Fath, deixando 15 mortos.
Veja mais: Fokker 100 se despede do Brasil
O redator insiste em falar em aviões velhos.
Isso não existe.
Quem conhece aviação sabe.
Carlos Alberto, os redatores aqui parecem desconhecer completamente aviação, preocupam-se mais em sensacionalismo barato…
Carlos/ Lucas
Eles se referem a avião velho em razão do mesmo ser totalmente descuidado (em razão das sanções que o país sofre), ou seja, o avião é velho por este motivo.
Velho é diferente de antigo, não percebí sensacionalismo nenhum na notícia.