A Força Aérea Brasileira (FAB) reconheceu que avalia uma possível aquisição de caças F-16 Fighting Falcon usados, porém, negou que já esteja no estágio de negociação.
Em nota a enviada à imprensa, a Aeronáutica afirmou que o estudo “não guarda relação com as capacidades da aeronave F-39 Gripen”.
A FAB também reiterou que até o momento não houve qualquer tipo de negociação, nem foram definidas versões e quantidades de aviões.
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Na quarta-feira, 12, o Janes, conceituado site britânico sobre defesa, revelou em conversas com um militar de alta patente que a Força Aérea está avaliando a aquisição de 24 caças F-16 de segunda mão.
O motivo alegado pelo oficial seriam as restrições orçamentárias que dificultam um acordo por mais caças Gripen E/F junto à Saab.
Negociações para segundo lote de Gripen
Atualmente a FAB tem um pedido de 36 caças F-39E/F, 15 deles previstos para passarem pela montagem final no Brasil nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP).
Desde 2022, no entanto, ocorrem conversas com a fabricante sueca para ampliar o número de aeronaves.
Até pouco tempo atrás, entendia-se que o Ministérido da Defesa pretendia assinar um aditivo do contrato original de 2014 para adicionar mais caças sem a necessidade de uma nova concorrência.
Desde o ano passado, governo brasileiro tem levado à mesa de discussões o possível fornecimento de jatos de transporte C-390 Millennium, da Embraer, para a Força Aérea da Suécia.
A aeronave disputa o pedido com o C-130J Hercules, da Lockheed Martin. O plano seria que os dois países chegassem a um acordo mútuo que incluísse os Gripen e o C-390, mas até o momento não houve uma decisão.
A FAB pretende aposentar os caças F-5 até 2029 enquanto os últimos jatos de ataque A-1 (AMX) devem ser desativados até o fim do ano que vem.
Veja nota da Força Aérea Brasileira:
“A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que está levantando dados para a realização de um estudo sobre a possibilidade de aquisição de aeronaves de caça usadas F-16 Fighting Falcon. A análise, no entanto, não guarda relação com as capacidades da aeronave F-39 Gripen.
Destaca-se, ainda, que, até o momento, não estão sendo realizadas negociações com governos ou empresas, nem foram definidas quantidades ou versões. As únicas interações realizadas sobre o tema tiveram como objetivo o levantamento de dados.“
A FAB ficou numa situação complicada, até agora foi o único adquirente estrangeiro do Gripen E/F, pagando aprox. 150 milhões de dólares por unidade, que tem baixa produção e vendas, isso resulta num custo de manutenção maior. Até a alegada transferência de tecnologia se demostra inútil, pois se não temos recursos para adquirir um 2° lote de caças Gripen, de custo elevado, imagina o gasto para desenvolver, do zero, um caça nacional. Trocaria esse 2° lote por caças FA-50 e participaria do projeto KF-21, assim teria mais unidades de caças disponíveis, além do projeto futuro de caça nacional mediante fabricação local do KF-21 aprimorado.
Vamos imaginar que a FAB faça a aquisição do F-16 uma realidade… como ficaria o reabastecimento em voo dessa aeronave? Teríamos também que adquirir uma ou mais aeronaves tanque para os mesmos, ou fazer uma conversão mais avançada dos KC-30- que até hoje não foram convertidos não sei o porque.
Também vamos imaginar a logística para apenas 24 caças usados, que são diferentes da logística do Gripen.
Também vamos imaginar a relação da SAAB com a FAB depois dessa, pois segundo a FAB não haja relação entre os dois, mas sim há relação pois são caças e vai dar a impressão à Suécia uma certa ” sacanagem” da nossa parte.
A não ser que a FAB esteja pensando em uma renegociação de preços com a SAAB, para mim seria uma burrice enorme a compra dos F-16. Seria melhor pensar em uns Super Hornet usados da US Navy.
Abraços.