Aeronave de combate mais avançada já desenvolvida no Brasil, o avião de ataque e reconhecimento A-1 viu sua frota na Força Aérea Brasileira (FAB) encolher significativamente durante as cerca de três décadas em que está em operação.
Projeto conjunto da Embraer com as fabricantes italianas Aeritalia e Aermacchi (hoje absorvidas pelo grupo Leonardo), o AMX, como é chamado seu programa, representou um enorme ganho tecnológico para o país ao permitir que equipes brasileiras ganhassem experiência com sistemas mais complexos de aeronaves, como comandos por fly-by-wire.
O AMX surgiu no final dos anos 70 e passou a década de 80 em desenvolvimento até ter o primeiro exemplar entregue à FAB em 1989 – a Itália, outra cliente do jato, recebeu seu primeiro caça na mesma época.
A Aeronáutica pretendia originalmente adquirir 79 jatos de ataque A-1, como foi batizado, mas acabou recebendo 56 unidades, 11 delas da versão de dois lugares.
As entregas ocorreram até 1999 e o A-1 equipou três esquadrões na Força Aérea. No entanto, a demora em produzir as aeronaves fez com que houvesse várias diferenças de equipamentos entre eles.
Por essa razão, a FAB lançou um programa de atualização do A-1 no início dos anos 2000 e que previa a padronização da aeronave com equipamentos mais modernos e capazes.
Entre eles estavam a substituição do radar pelo modelo nacional SCP-01, mudança do painel do cockpit com telas multifuncionais, adoção do conceito HOTAS (Mãos na manete e no manche) e Visor ao Nível dos Olhos (HUD), além de sistema de autodefesa com dispensadores “chaff” e “flares” e capacidade para lançar bombas inteligentes guiadas a laser.
No entanto, o primeiro AMX modernizado, um A-1M, só foi entregue à Força Aérea em 2012 e oito anos depois apenas onze aeronaves haviam sido atualizadas.
40% da frota original baixada
Nesse meio tempo, no entanto, a FAB perdeu diversos caças, cinco deles em acidentes. Levantamento de Airway também identificou 13 aeronaves desmontadas e que estão sendo leiloadas como sucatas além de dois A-1 que foram colocados em monumentos.
Recentemente, outra aeronave, um A-1B de registro FAB 5655, foi doada para uma universidade para ser usado como laboratório.
Com as perdas, a frota de AMX na FAB é de no máximo 35 aeronaves, ou seja, quase 40% dos aviões foram baixados do seu inventário. Destes, cerca de duas dezenas são de versões antigas, com menor capacidade de combate.
Em declarações anos atrás, altos oficiais da Aeronáutica compartilharam a previsão que o A-1M permanecerá em serviço com no máximo 14 aeronaves, enquanto os demais jatos servirão como estoque de peças de reposição.
Serão então os únicos AMX em operação no mundo já que a Força Aérea da Itália planejava aposentar seus últimos “Ghibli”, como é chamado por lá, em 2022. Em seu lugar, a Aeronautica Militare usará os avançados Lockheed Martin F-35.
Logo aparece alguém dizendo que a FAB devia comprar esses amx aposentados da Itália…
A modernização sem fazer a remotorização foi desperdício de dinheiro público.
É importante lembrar sempre que essa aeronave teve papel importante no desenvolvimentop da industria brasileira aeronáutica, mas sem tempo passou. Agora é crescer ainda amis com os Gripens e torcer para que a FAB não invente de comprar mais Gripen’s da Saab, mas esperar que o Brasil/Embraer (e logo vai acontecer) comece a fabricar aqui aquelas últimas aeronaves desse primeiro lote. Tem que pensar em nós, na industria e economia brasileira, já que não é só a Embraer que vai se beneficiar, mas uma série de fornecedores na cadeia de produção. Se não estou enganado, se estiver me perdoem e me ajudem, o comandante da FAB não parece muito preocupado com isso.
Final não muito glorioso para um primeiro projeto nacional deste tipo. Parece que teve pouco uso servindo a FAB.
Maior parte do orçamento paga soldos, aposentadorias, próteses penianas, viagra, wisky, etc… Sobra muito pouco para investimento e manutenção.
Os AMX brasileiros vieram sem nenhum radar originalmente. Então o programa de atualização iria instalar e não substituir os radares da aeronave.