O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou nessa quarta-feira (28) que assinou o contrato inicial de US$ 329 milhões para a produção de 12 aviões de combate A-29 Super Tucano em nome da Força Aérea da Nigéria. As aeronaves serão produzidas em Jacksonville, na Flórida, pela Sierra Nevada Corporation, fabricante parceira da Embraer nos Estados Unidos.
O contrato ainda possui uma cláusula, descrita como “ação do contrato não definida”, acrescentando que o valor da venda pode variar, mas sem exceder a faixa de US$ 344,7 milhões. O montante adicional servirá para incluir sistemas de visão infravermelho (FLIR) em seis das aeronaves encomendadas para a Nigéria. Os aviões serão entregues até 2024.
Além das aeronaves, o contrato também prevê dispositivos para treinamentos em solo, sistemas de missão, peças sobressalentes, equipamentos de apoio e para missões alternativas, apoio logístico da Sierra Nevada e cinco representantes de serviço de campo da fabricante por três anos.
A aprovação da venda dos Super Tucanos aos nigerianos foi decidida após uma série de discussões com o governo dos EUA que levaram ao relaxamento de uma moratória das vendas de equipamentos militares para a Nigéria. O principal objetivo do país africano com as aeronaves é reforçar sua luta contra o grupo terrorista Boko Haram.
A intermediação dos EUA na venda dos Super Tucano à Nigéria faz parte do programa de ajuda militar oferecido por Washington a países do terceiro mundo que combatem grupos terroristas. É o mesmo caso dos A-29 vendidos às forças armadas do Afeganistão e Líbano, também negociados pelos americanos.
A Nigéria será o quinto operador do Super Tucano na África, onde a aeronave projetada pela Embraer também voa com as cores das forças armadas de Angola, Burkina Faso, Mali e Mauritânia.
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