Dois turboélices Embraer Super Tucano foram entregues à Força Aérea do Chilena (FACH) no último dia 17 de setembro. As aeronaves partiram da sede da fabricante em São José dos Campos (SP) e fizeram uma escala no Paraguai antes de pousarem na base aérea de Iquique, no norte do Chile.
O par de aviões que pousou recentemente no Chile faz parte de um pedido da FACH por mais quatro Super Tucanos, negociados com a Embraer Defesa e Segurança neste ano. Os outros dois aparelhos serão entregues no país até o final de 2020.
A FACH recebeu seus primeiros Super Tucano em 2009, parte de um lote composto por 12 aviões. Em 2017, o país encomendou mais seis aeronaves e, no início deste ano, comprou mais quatro unidades.
Com a compra do terceiro lote, o Chile passará a ter 22 exemplares do avião militar fabricado no Brasil. Será a terceira maior frota de Super Tucanos do mundo, atrás apenas da força aérea do Afeganistão (que vai receber 26 aeronaves) e da Força Aérea Brasileira, que possui quase 100 aeronaves do tipo.
O Super Tucano é operado na FACH como avião de treinamento avançado para pilotos de caças e em missões de apoio aéreo e ataque. Os modelos recém-incorporados têm como principal destaque a nova pintura de baixa visibilidade em tom cinza claro, padrão adotado recentemente pelos chilenos e que dependendo da altitude de voo torna o avião praticamente invisível ao olho nu.
Sucesso de exportação
Com quase 300 unidades produzidas desde 2003, o Super Tucano é o avião militar brasileiro mais bem sucedido no mercado internacional. A aeronave da Embraer já foi exportada para 15 países em três continentes e tem uma longa ficha de combate.
O avião brasileiro vem sendo uma peça importante nos pacotes de ajuda militar dos EUA para nações que se comprometem a combater organizações terroristas. Alguns dos beneficiados por esse programa são o Afeganistão e o Líbano, que receberam aeronaves montadas na Flórida pela Sierra Nevada Corporation, empresa norte-americana parceira da Embraer na área militar. Outro país que vai receber os Super Tucanos “Made in USA” é a Nigéria.
O Super Tucano também está na disputa do programa OA-X da Força Aérea dos EUA (USAF), que busca um avião de ataque leve e reconhecimento e pode render uma encomenda que pode passar de 300 aeronaves. No entanto, no início deste ano a USAF interrompeu o projeto por tempo indeterminado, embora continue testando o modelo da Embraer e seu concorrente, o AT-6 Wolverine produzido pela Textron Aviation.
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