Os governos do Peru e da Coreia do Sul encaminharam um Memorando de Entendimento entre as empresas Korea Aerospace Industries (KAI) e Seman para a produção de componentes para o caça leve FA-50 Golden Eagle.
Segundo a mídia local, trata-se de uma pré-etapa antes de ser celebrada a aquisição de até 24 jatos supersônicos para a Força Aérea Peruana.
A Força Aérea Peruana urge substituir sua frota de caças que inclui nove jatos supersônicos Dassault Mirage 2000P e seis MiG-29, todos com mais de três décadas em serviço.
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Os planos do governo do Perú também incluem desenvolver e capacitar a indústria de defesa local. Para isso espera-se por um contrato semelhante à parceria que forneceu 20 turboélices de treinamento KT-1, também da KAI.
Os aviões, que também têm capacidade de ataque ao solo foram em grende montados no próprio Peru. A KAI e a Seman, por outro lado, ainda não detalharam quais componentes serão produzidos para o FA-50.
Em busca de um cliente na América do Sul
FA-50 é uma variante de combate do treinador T-50 que, por sua vez, foi desenvolvido com apoio da Lockheed Martin. A aeronave se assemelha ao F-16 em vários aspectos, embora seja equipada com dois motores em vez de um.
A Korea Aerospace Industries tem se esforçado nos últimos anos para encontar um cliente na América do Sul, cujas forças aéreas não detém grandes recursos financeiros para adquirir modelos mais complexos.
A empresa chegou a celebrar um acordo inicial com a Argentina, porém, o Reino Unido vetou a venda em virtude do fornecimento de assentos ejetáveis Martin Baker – há uma sanção em vigor desde a Guerra das Malvinas.
Há conversas também com a Colômbia, que há anos tenta substituir seus defasados IAI Kfir, que estão prestes a serem aposentados. Embora declarações nesse sentido tenham sido feitas no início do ano, até agora não houve confirmação de um acordo.
A Força Aérea Peruana está fazendo o que a FAB deveria ter feito, uma parceria com a KIA – Korea Aerospace Industries, o que fortaleceria a indústria nacional, em especial, a EMBRAER. A FAB teria várias opções disponíveis, um treinador avançado- T-50, um caça leve FA-50 e um futuro caça de 5° geração- KF-21. Os caças F-16 usados é uma péssima opção para o Brasil, sendo que o Gripen E/F teve baixas vendas e com produção a conta-gotas, uma ou duas unidades por ano.
Eu compartilho com sua opinião mas os militares estavam mais preocupados com outros assuntos (receber compensações futuras) do que em equipar fazer parcerias que fossem proveitosas para as forças armadas.