Força Aérea dos EUA atrasa novo jato T-7A enquanto vai expandir gasto com a Boeing

Jato supersônico de treinamento irá substituir o T-38 Talon, mas capacidade operacional inicial só ocorrerá em 2027
O T-7A conta com o apoio da Saab em seu projeto
O T-7A conta com o apoio da Saab em seu projeto (USAF)

A Força Aérea dos EUA (USAF) encontrou uma saída para enfrentar os atrasos no programa do jato de treinamento avançado T-7A Red Hawk.

Contratado junto à Boeing em 2018 por um valor fixo, a USAF pretende receber 350 aeronaves para substituir parcialmente seus T-38 Talon, aviões que estão em serviço há décadas.

Mas os constantes problemas da fabricante e do projeto fizeram a entrada em serviço inicial ser adiada. Atualmente, há cinco aeonaves de testes em voo com pilotos da força aérea, mas a necessidade de recuperar o tempo perdido motivou o serviço a chegar a um novo acordo com a Boeing.

Por esse novo acerto, a fabricante produzirá mais quatro T-7A chamados de Veículos de Teste Representativos de Produção (PRTVs), usando fundos de pequisa e desenvolvimento do ano fiscal de 2025.

Treinador T-7A (USAF)

Os jatos reforçarão o plano de testes e o desenvolvimento para que a Capacidade Operacional Inicial seja obtida em 2027.

A Boeing também será agraciada com novos recursos financeiros se conseguir aprimorar o projeto, como em relação à autonomia, que a USAF pretende ampliar.

“Programas de aquisição não podem ficar estagnados, mesmo quando são de preço fixo. É por isso que orientei a equipe do T-7A a implementar atualizações para reduzir riscos e aumentar nossa confiança no design da aeronave, tudo para garantir que possamos entregar o T-7A ao combatente quando necessário”, disse Andrew Hunter, Secretário Assistente da Força Aérea para Aquisição, Tecnologia e Logística.

Por outro lado, a produção do Lote 1 do T-7A será postergada para 2026, um ano após o previsto. A USAF já havia reduzido o número de aviões de série de 14 para 7 fuselagens dentro do orçamento do ano fiscal de 2025.

O T-7A deverá voar três vezes por dia em seu programa de testes (USAF)

Ferramentas digitais

A Boeing e sua parceira Saab venceram a concorrência T-X em 2018 ao suplantarem a Lockheed e a KAI com o T-50 Golden Eagle e a Leonardo com o T-100 (M-346).

Desenvolvido por meio de ferramentas digitais, o T-7A foi construído rapidamente, mas então os problemas começaram.

De atrasos na cadeia de suprimentos a problemas na linha de montamgem e instabilidades em voo, o Red Hawk tem levado mais tempo para ser desenvolvido.

Um dos problemas incomuns do programa diz respeito ao sistema de assento ejetável da aeronave, que não teria sido aprovada para pilotos de dimensões menores.

 

 

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