A Força Aérea (USAF) e a Força Espacial dos EUA decidiram conceder uma segunda chance aos candidatos que testarem positivo para o tetrahidrocanabinol (THC), o princípio ativo da maconha, em testes antidrogas realizados nos processos de alistamento militar.
A mudança na política de admissão de candidatos flagrados com a substância no organismo, embora ainda seja um programa piloto, ocorre num momento em que as forças militares dos EUA enfrentam dificuldades para cumprir suas metas de recrutamento.
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“Anteriormente, um resultado positivo de THC no teste inicial levaria a uma proibição permanente de entrada (na Força Aérea ou Força Espacial)”, disse a porta-voz da USAF, Ann Stefanek, em resposta ao Air Force Times. “O programa piloto oferece a alguns candidatos em potencial a oportunidade de testar novamente após 90 dias, se receberem uma isenção.”
A isenção será concedida aos candidatos que alcançarem pelo menos 50 pontos no Teste de Qualificação das Forças Armadas. Os aspirantes ainda devem ter diploma do ensino médio, serem medicamente qualificados para o serviço e não possuir antecedentes criminais. Se admitidos, porém, os recrutas deverão obedecer a proibição militar do uso de drogas.
Nos EUA, o uso recreativo e/ou medicinal da maconha é permitido em nível estadual, mas não federal. A erva continua ilegal nos estados de Idaho, Indiana, Kansas, Kentucky, Nebraska, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Tennessee, Texas, Wisconsin e Wyoming. Todavia, mais da metade de todos os recrutas que ingressas da USAF vêm de estados onde a maconha medicinal é legal, de acordo com uma pesquisa da Rand Cororation financiada pelo governo federal no ano passado.