O caça de 6ª geração cotado para substituir o F-22A Raptor na Força Aérea dos EUA (USAF) está com o futuro ainda mais incerto.
Foi o que sugeriu o secretário da Força Aérea, Frank Kendall, durante uma conferência em Daytona, Ohio, na terça-feira, 30.
Questionado sobre o programa Next Generation Air Dominance (NAGD), Kendall revelou que a USAF irá suspender o desenvolvimento por alguns meses para saber se está no “curso certo”.
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Segundo ele, é preciso revisar o conceito antes de avançar para um projeto contratado junto a um fornecedor, algo que era esperado para este ano.
As forças armadas dos EUA enfrentam um enorme dilema causado sobretudo pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Os mais de dois anos de conflito tem trazido lições importantes no campo de batalha e a principal delas é que aeronaves tripuladas tornaram-se pouco efetivas.
Em vez disso, táticas cada vez mais complexas e poderosas com o uso de drones tem sido bem sucedidas pelo baixo custo e por não expor tripulantes a riscos elevados.
Aeronaves Colaborativas de Combate
O NGAD nasceu como um pacote de sistemas que inclui não apenas um caça tripulado, mas também as chamadas Aeronaves Colaborativas de Combate (CCA), drones avançados com capacidade de combate que operarão sobre controle externo ou autônomo.
O avanço de projetos nesse sentido tem sido grande, reforçado pelo uso de Inteligência Artificial (IA), que tem ofuscado o desenvolvimento de projetos convencionais.
Embora o NGAD tenha sido concebido desde o início para ser um programa com custos menores por meio de ferramentas digitais e uso de uma plataforma de arquitetura aberta, ainda assim exige investimentos maciços.
Até onde se sabe, apenas a Boeing e a Lockheed Martin estão concorrendo já que a Northrop Grumnan já declinou de disputar o contrato.
A USAF, no entanto, quer que pequenas empresas de tecnologia também participem do programa em certas áreas a fim de acelerar a inovação e buscar um custo menor.
Drones minha gente! O futuro será dos drones.
Uma única aeronave tripulada fazendo o papel de “nave mãe” pode comandar centenas de drones baratos que farão o trabalho pesado dentro de zonas vermelhas, sem riscos humanos, com maior letalidade e por uma fração dos custos.
RRN, deve ter sido exatamente isso que eles suspenderam o programa.
É mais provável que no futuro próximo hajam aeronaves de vigilância e alerta antecipado ordenando uma rede de drones e mísseis nos campos de batalha. O futuro da guerra, como será?