A Força Aérea dos EUA (EUA) iniciou nesta semana o processo de desativação de seus aviões-tanque KC-10A Extender, a versão militar do clássico jato comercial DC-10 da McDonnell Douglas. A primeira aeronave aposentada foi levada para a base aérea de Davis-Monthan, no deserto do Arizona, onde fica o maior cemitério de aviões do mundo.
O primeiro KC-10 desativado, com número de cauda 86-0036, estava em serviço há mais de 33 anos. Além deste aparelho, a USAF informou que vai retirar mais duas aeronaves até o final de 2020 (os modelos 87-0120 e 83-0077).
A força aérea dos EUA tem mais 58 KC-10 na frota, que eventualmente serão substituídos pelo novo reabastecedor aéreo KC-46A Pegasus, baseado no jato comercial Boeing 767.
O coronel Scott Wiederholt, comandante do esquadrão 305th Air Mobility Wing, de McGuire-Dix-Lakehurst, disse na cerimônia de despedida do avião, no dia 13 de julho, que a aposentadoria do KC-10 86-0036 é realizada “com uma imensa quantidade de orgulho”.
“Esta aeronave, como todas as aeronaves da nossa frota KC-10, serviu honrosamente e forneceu o combustível salvador aos pilotos de caça com alcance global”, disse o coronel da USAF, citado pelo Air Force Times. O KC-10 “garantiu que todas as missões, sejam de combate, reabastecimento ou humanitárias, fossem executadas de maneira que nenhuma outra nação do mundo é capaz de fazer”.
165 toneladas de combustível
Os KC-10 Extender são os aviões de reabastecimento aéreo com maior capacidade da USAF, capazes de transportar até 165.561 kg de combustível. Embora mais eficiente, o novo KC-46A leva “apenas” 96.297 kg. O outro modelo da frota americana, o veterano KC-135 Stratotanker (baseado no Boeing 707) transporta 90.718 kg e futuramente também será substituído pelo Pegasus.
Sucesso na aviação comercial nas décadas de 1970 e 1980, o DC-10 era um dos principais jatos de longo alcance do mercado e também chamava atenção por sua grande capacidade de carga.
Em 1975, o trimotor da McDonnell Douglas (na versão DC-10-30) foi escolhido pela USAF para a conversão em avião-tanque. Os concorrentes do KC-10 no programa eram versões modificadas do Boeing 747 e dos Lockheed C-5 Galaxy e o L-1011 Tristar.
Diferentemente do KC-135, que teve mais de 800 unidades produzidas (cerca de 400 ainda estão ativas), o KC-10 teve uma tiragem relativamente baixa, com 62 aeronaves finalizadas, incluindo dois aparelhos comprados pela força aérea da Holanda e que seguem em operação.
Os Extender participaram de praticamente todos os grandes conflitos militares dos EUA a partir da década de 1980 e continuam disponíveis até serem aposentados, o que ainda pode levar mais alguns anos. A USAF tem atualmente esquadrões de KC-10 baseados nos EUA, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Além da função de reabastecimento em voo, o KC-10 pode ser adaptado para transportar cargas (até 77 toneladas) e passageiros. Em viagens de deslocamento (ferry), o antigo jato da USAF tem fôlego para cruzar quase a metade do planeta em apenas um voo, com alcance máximo de 18.500 km.
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Até quando toda vez que um negro ocupar um cargo de destaque teremos que enaltecer o fato?? Esse tipo de comentário deixa a falsa impressão que os negros ou outras etnias normalmente não tem capacidade para ocupar tal posição. Na minha opinião, quanto mais se enaltece esse tipo de feito mais diminui a capacidade do negro. Já está na hora de parar com isso, acaba sendo uma outra forma de racismo.