O jato supersônico de treinamento T-7A Red Hawk, da Boeing, pode trilhar o mesmo caminho do seu antecessor, o T-38 Talon, e ganhar uma variante com capacidade de combate.
A hipótese foi levantada por um oficial da Força Aérea dos EUA (USAF) que comentou o fato com o site Breaking Defense de forma anônima.
Segundo o site, um Pedido de Informação (RFI) deverá ser lançado em breve para avaliar o desenvolvimento do que seria o “F-7”, um caça leve que serviria como substituto dos F-16 mais antigos ainda em serviço.
O T-7A foi projetado pela Boeing e a Saab como uma aeronave de arquitetura aberta, capaz de ser facilmente atualizada ou ter seu escopo de missões alterado.
O jato é equipado com um motor GE F404, um turbofan bastante confiável e amplamente usado em vários caças. O desenvolvimento de versões armadas, normalmente para um piloto, de jatos de treinamento é uma prática comum na indústria e não seria diferente com o T-7A.
Com custo mais baixo e boa capacidade de armamentos, aeronaves assim podem ser uma alternativa para países sem muitos recursos financeiros.
O próprio T-38 Talon deu origem a um dos mais formidáveis caças leves já fabricados, o F-5 Tiger II, que voa na Força Aérea Brasileira (FAB) desde os anos 70.
Primeiro Boeing T-7A Red Hawk pousou na Base Aérea de Edwards
Enquanto avalia o futuro do jato supersônico de treinamento, a Força Aérea recebeu o primeiro T-7A Red Hawk na Base Aérea de Edwards, na Califórnia, em 8 de novembro.
A aeronave é conhecida pela sigla APT-2 e foi a primeira de produção em série a deixar a linha de montagem da Boeing em Saint Louis.
O T-7A Red Hawk daríá início a campanha de testes de voo de desenvolvimento na USAF com o objetivo de garantir a aprovação para operação plena.
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“Esta chegada marca uma transição emocionante para a próxima fase do voo de desenvolvimento”, observou o major Jonathan Aronoff, piloto de testes do T-7A. “O T-7A oferece imensas atualizações de capacidade que permitirão à Força Aérea treinar a próxima geração de aviadores de combate. O sucesso da primeira entrega é verdadeiramente uma prova da equipe conjunta da indústria da USAF que temos”, acrescentou Aronoff.
O programa de desenvolvimento do T-7A sofreu atrasos por conta dos assentos ejetáveis. Somente há poucos meses, a USAF aprovou o jato, o que permitiu que seus pilotos pudessem voar nele. O voo até Edwards foi feito por um piloto da Força Aérea e um da Boeing.
A meta da equipe de testes e da Boeing é certificar rapidamente a aeronave, que tem como vantagem um método de acompanhamento das atividades em rede contínua entre Edwards e as instalações da Boeing.
A programação é que o T-7A APT-2 voe até três vezes por dia a fim de expandir o envelope de voo. Em seguida, serão iniciados os testes de sistemas de missão.