A Força Aérea dos EUA (USAF), a maior e mais poderosa do mundo, deverá encolher em 2025. É o que pretende o secretário da Força Aérea, Frank Kendall, que finalizou um orçamento com a aposentadoria de 250 aeronaves.
Como o total de novas aquisições prevista é de 91 aviões e helicópteros, a frota da USAF deverá ficar abaixo de 5.000 unidades – segundo relatos, um inventário de 4.903 aeronaves.
A situação surpreende por ocorrer em meio aos crescentes conflitos no mundo, mas é motivada por vários fatores, entre eles restrições de verba impostas por uma lei de responsabilidade fiscal.
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Além disso, a tecnologia militar está em uma fase de transição, com o aumento do uso de sistemas autônomos e uso de inteligência artificial.
Por essas razões, a Força Aérea pretende retirar de serviço várias aeronaves cuja manutenção não valeria a pena, incluindo 32 caças F-22 Raptor, considerado o mais avançado do mundo.
São aeronaves do chamado Bloco 20, que carecem de atualizações que os demais 153 F-22 possuem, dos blocos 30 e 35. A USAF já tentou aposentar esses jatos que são usados para treinamento, porém, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que os mantém ativos até pelo menos 2028.
Além do Raptor, estão marcados para sair de operação 65 caças F-15C/D mais antigos, 26 F-15E com motores PW F-100-PW-200 que são menos potentes, 11 F-16C/D e 56 aviões de ataque A-10 Thunderbolt.
Entre as aeronaves de emprego geral há seis turboélices C-130H e um EC-130H, um E-11 e 22 T-1 (jatos executivos usados em missões diversas), 16 Boeing KC-135 de reabatecimento aéreo, dois tiltotor CV-22 Osprey e 12 helicópteros HH-60G.
Menos aeronaves novas
Os recursos economizados com a desativação das aeronaves mais antigas deverão ser utilizados em novos programas, sobretudo de aeronaves semiautônomas.
A USAF planeja acelerar a introdução das Aeronaves Colaborativas de Combate (sigla CAA em inglês), que voam sob comando de caças tripulados e farão as missões mais arriscadas.
As encomendas de caças para 2025 incluem 18 F-15EX, a nova variante do jato da Boeing, e 42 Lockheed Martin F-35A. Nesse caso, o plano é menor do que o previsto em virtude de restrições orçamentárias e também devido ao atraso da atualização de software TR-3.
Para substituir os KC-135, a Força Aérea pretende encomendar mais 15 KC-46 junto à Boeing, que também deverá entregar os sete primeiros jatos supersônicos de treinamento T-7A Red Hawk para substituir os veteranos T-38 Talon.
Há ainda seis helicópteros MH-139 e um jato C-40 previstos.
A despeito do plano da USAF, a proposta de orçamento terá de ser votada pelos congressistas dos Estados Unidos que podem impedir o encolhimento da frota.
Como o 4o. parágrafo diz, há uma transição para novas tecnologias e a guerra na Ucrânia tem mostrado isso.