Força Aérea Francesa recebe primeiro Mirage 2000D modernizado

Aeronave veterana recebeu novos aviônivos para empregar armamentos mais avançados

Aeronave que um dia protegeu os céus do Brasil, o delta supersônico Mirage 2000 ainda cumpre um papel importante na França e segue em evolução. Na última semana, a Força Aérea Francesa recebeu o primeiro caça multifuncional Mirage 2000D modernizado pela Dassault Aviation.

O programa de modernização iniciado em 2019 inclui a revisão estrutural dos caças e atualização dos sistemas aviônicos para permitir o emprego de armamentos mais avançados, como o míssil ar-ar MICA. O caça também ganhou novos equipamentos de navegação e ataque, painel reformulado e um casulo com um canhão de 30 mm. Ao todo, 55 jatos serão atualizados para o novo padrão até 2025.

Os caças em processo de atualização são alguns dos últimos Mirage 2000 produzidos pela Dassault a pedido do governo francês. Os aviões foram recebidos pela Força Aérea Francesa entre 1995 e 2007. Com as atualizações, as aeronaves devem seguir em operação ainda pela próxima década.

“Este novo padrão M2000D passará agora, e por quase um ano, por testes e experimentos antes de ser declarado operacional”, informou a Força Aérea. “A ambição é poder implantar o renovado M2000D em operação durante o ano de 2022”, acrescenta o comunicado da corporação.

Dassault Mirage 2000D - Força Aérea Francesa
O Mirage 2000D pode atuar como “caçador” ou em missões de ataque (Divulgação)

Até 2018, o Mirage 2000N (uma versão derivada do Mirage 2000D) era o principal meio de ataque nuclear da força aérea francesa. Atualmente, essa tarefa é uma das missões do Rafale, outra caça multifuncional da Dassault.

O Mirage 2000 foi desenvolvido pela Dassault no final dos anos 1970, proposto como um substituto aos Mirage III/5 mais antigos. A aeronave está em operação na França desde 1984 e também foi exportada para oito países, incluindo o Brasil.

A Força Aérea Brasileira operou 10 modelos monopostos Mirage 2000C e dois bipostos Mirage 2000B entre 2006 e 2013, adquiridos de segunda mão de estoques da França. As aeronaves serviram como uma solução provisória após a desativação dos Mirage III (F-103 da designação da FAB), em 2005, e a indefinição sobre o programa FX-2, que culminou com a escolha do Saab Gripen E/F.

O Mirage 2000 voaram com a FAB entre 2005 e 2013 (FAB)
O Mirage 2000 é até hoje o caça mais avançado que voou com a FAB (FAB)

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