O controvertido jato regional SpaceJet, da Mitsubishi, teve o programa finalizado em fevereiro após 15 anos e cerca de 1 trilhão de ienes investidos, algo como R$ 38 bilhões.
A família de aeronaves comerciais japonesa prometia ser um duro concorrente para os jatos E2, da Embraer, mas a Mitsubishi não conseguiu obter a certificação da Federal Aviation Administration (FAA), mesmo deslocando vários protótipos para cumprir o programa nos EUA.
Agora, o projeto será escrutinado pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão. O governo do país asiático quer entender por que a Mitsubishi fracassou em concluir o desenvolvimento dos modelos M90 e M100.
Uma das principais razões para a indignação é que o próprio ministério investiu cerca de 50 bilhões de ienes (R$ 2 bilhões) para pesquisas do “Hinomaru Jet”, como é chamado o avião no Japão.
“Este é um projeto no qual as pessoas tinham grandes esperanças e devemos tentar entender o que houve”, afirmou um funcionário do ministério ouvido pela mídia japonesa.
A audiência pública reunirá membros do governo e da Mitsubishi e contará com a participação de especialistas do exterior. A meta é produzir um relatório dentro de seis meses que servirá para “desafiar a indústria aeronáutica [japonesa] novamente”.
Encomendas elevadas e desempenho promissor
O SpaceJet nasceu como Mitsubishi Regional Jet (MRJ) em 2008 e foi uma tentativa do Japão de voltar a ser protagonista no mercado de viagens aéreas. Apesar de ter um parque tecnológico avançado, indústrias de ponta e recursos financeiros, o país tem sido um mero coadjuvante na indústria aeroespacial.
Desde o turboélice NAMC YS-11, conhecido como “Samurai” no Brasil e que foi produzido entre 1962 e 1974, o Japão não tem um avião comercial genuinamente desenvolvido no país.
O SpaceJet, no entanto, parecia ser um fim desse longo hiato, graças ao bom volume de pedidos iniciais que incluíram as grandes transportadoras All Nippon Airways e Japan Airlines, mas tem regionais dos EUA.
A aeronave também demonstrava boas características técnicas, com um espaço interno superior ao dos E-Jets da Embraer, uso de motores turbofans com engrenagens (GTF, da Pratt & Whitney, também presentes nos E2) e uma autonomia bastante grande, de 3.770 km no modelo M90.
Mas a Mitsubishi reconheceu que subestimou as dificuldades do programa de certificação. Embora tenha concluído sete aeronaves de testes e investido em uma base de desenvolvimento em Moses Lake, nos EUA, a empresa não conseguiu avançar o suficiente nesse sentido.
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Assim como a Embraer, a fabricante japonesa errou ao propor uma variante que contava com mudanças na cláusula de escopo das companhias aéreas dos EUA.
O MRJ70 acabou sacado em 2019 para ser substituído pelo SpaceJet M100, que prometia atender os requerimentos de voar com até 76 assentos e peso máximo de decolagem de 39.000 kg.
A pandemia e o alto endividamento da matriz colocaram o programa SpaceJet em suspenso até que em fevereiro a Mitsubishi jogou a toalha. Pelo jeito, a história ainda não acabou se depender do governo japonês.
Rapaiz a situação tá feia mesmo pra Mitsubishi pois um investimento tão grande assim realmente vai dá o que fala viu
É triste ver um sonho ir por água abaixo, até porque é um sonho que custou bilhões e.milhares de empregos.
Gastaram 38 bilhões e o avião não decolou, hoje a Embraer tem valor de mercado de quase 16 bilhões de reais. Era muito mais barato e eficaz ter vindo aqui e comprado a Embraer. Depois dizem que japonês é muito inteligente.
Eu já trabalhei no Japão, lá os acordos das Engenharias com os fornecedores são verbais e valem, é o tal do fio do bigode. Correções de projeto tb verbais, até concluírem o design final já em produção. Outro ponto, o cliente não aceita um não como resposta, e o protótipo é feito mesmo assim, depois veem que não é confiável tecnicamente. Um projeto complexo deste, se todos os envolvidos não tiver o último nível de informação confiável, a tendência é falhar. Ou, iniciar como a Textron, curva de aprendizagem da base para o de 100 assentos.
A certificação não é apenas da aeronave como um todo. Também de peças e partes. Será que foi esse o erro?
Que dó essa imagem do avião sendo esquartejado. 🙁
Que isso cara, com 38 bilhões eu conseguiria colocar pra voar e certificar até uma vaca.
Seria muito interessante um consórcio entre Embraer, Mitsubishi, alguma empresa indiana, entre outros. Ter-se-ia tecnologia e financiamento.
O MRJ fracassou por motivos ainda não totalmente conhecidos tanto é que o governo iniciou investigaações por ter consumido muito dinheiro mas a Mitsubishi produz sim, vários outros tipos de aviões além de produzir foguetes lançadores de satélites.
A Kawasaki é outra empresa que produz aviões.
A Honda produz o HondaJet que é rival da Phenom100 da Embraer.
O Raimundo Donato tá certinho, veja se perde oportunidades os japonês da Mitsubishi poderia ter comprado a Embraer e só mudar o nome e já ta o projeto voando, a boing fez isso mas p destruir a Embraer, e depois devolveu pela incompetência do 737max q deu prejuízos milionarios isso foi ótima p Embraer os japoneses ter fracassado ,agora não vai atrapalhar as vendas da brasileira , a pedra e o A220 ex bombardier canadense.