Dois grandes fragmentos de metal aparentemente de uma aeronave foram encontrados nesta semana separadamente em praias nas cidades de Mercedes e Guiuan, ambas na província de Samar Oriental, nas Filipinas. Suspeita-se que os destroços podem ser componentes do Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido em 8 março de 2014.
Em Mercedes, um dos destroços foi encontrado por Juvinar Lira, morador da região e que postou nas redes sociais fotografias da peça encalhado na praia. Ele disse, em entrevista ao jornal filipino Cebu Daily News, que o fragmento foi recentemente no mar por pescadores locais.
“Quando vi os pescadores, eles estavam tentando cortar os escombros, provavelmente para lucrar. Eu disse a eles para não tocarem e, em vez disso, avisarem as autoridades ”, afirmou Lira.
Na quinta-feira, 6 de agosto, a polícia local, juntamente com funcionários da Agência Antidrogas das Filipinas e a Autoridade de Aviação Civil das Filipinas (CAAP) foram até Mercedes e Guiuan para inspecionar os destroços. Nenhuma das autoridades ainda se manifestou sobre o assunto.
Segundo Lira, os destroços são pesados, pois foram necessários cerca de 10 pessoas para retirá-los da água. Alguns dos escombros continham caracteres chineses ou japoneses, acrescentou.
O mistério do voo MH370
Na madrugada de 8 de março de 2014, no horário local, o Boeing 777 prefixo 9M-MRO operado pela companhia Malaysia Airlines desapareceu dos radares enquanto sobrevoava o Golfo da Tailândia, no Mar da China. A aeronave cumpria o voo entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, transportando 227 passageiros e 12 tripulantes.
Até o momento do sumiço do avião, a tripulação não relatou nenhuma anomalia no voo. O sistema ACARS (Sistema de comunicação e comunicação de aeronaves) também não enviou mensagens por satélite, o que deveria acontecer automaticamente no caso de alguma falha.
Em 24 de março de 2014, o governo da Malásia comunicou oficialmente que o jato caiu em algum ponto do Oceano Índico sem deixar sobreviventes. Segundo registros feitos por satélites, o avião voou por várias horas após desaparecer dos radares, até esgotar o combustível, com todos os seus sistemas de comunicação desativados. Mesmo após três anos de extensas buscas, comandadas pelos governos da Austrália, da Malásia e da China no período de 2014 a 2017, o local da queda nunca foi determinado, tornando o caso um dos maiores mistérios da aviação comercial.
No final de julho de 2015, foi encontrada uma parte da asa da aeronave no litoral da ilha de Reunião, próximo a Madagascar. A peça, encontrada por moradores durante uma limpeza da praia, foi submetida a uma perícia por especialistas e identificada como sendo do MH370. Além desta peça, foram encontradas almofadas de poltronas e janelas de avião, que as autoridades também acreditam ser da mesma aeronave.
Outros dois destroços, encontrados em 27 de dezembro de 2015 e 27 de fevereiro de 2016 em dois locais separados por 220 km no litoral de Moçambique, também foram apontados como partes do avião desaparecido.
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A escrita na fuselagem é chinesa, são informações referentes a posição das peças, primeira posição, segunda posição e terceira posição e a seta indicado o lado para cima.
Com a foto nessa posição as escritas ficaram de cabeça para baixo.