França pode vender ao Brasil porta-helicópteros feitos para a Rússia

Venda das embarcações a marinha russa foi cancelada devido a crise com a Ucrânia
O Mistral comporta até 16 helicópteros, além de 70 veículos terrestres (Foto - Marinha da França)
O Mistral comporta até 16 helicópteros, além de 70 veículos terrestres (Foto – Marinha da França)
O Mistral comporta até 16 helicópteros, além de 70 veículos terrestres (Foto - Marinha da França)
O Mistral comporta até 16 helicópteros, além de 70 veículos terrestres (Foto – Marinha da França)

O conflito pelo controle de região da Crimeia, no qual a Ucrânia está em clara desvantagem, resultou em uma série de embargos a Rússia. Um deles foi a suspensão da venda de dois navios Mistral construídos na França e avaliados em cerca de US$ 1,3 bilhão e que não foram pagos pelo governo russo.

A França agora procura uma solução para o problema bilionário. Especulações já apontaram Canadá, China e Estados Unidos como possíveis compradores dos Mistral “zero km”, que são uma classe navios franceses de assalto anfíbio com convés para helicópteros. Já a revista americana The National Interest, apontou o Brasil como um potencial cliente para as embarcações militares.

A publicação fala sobre a necessidade da Marinha do Brasil em adquirir novos meios para aumentar seu poder de projeção, especialmente em operações de ajuda humanitária. “Um navio de assalto anfíbio, como o Mistral, dá a Marinha capacidade de executar um papel de liderança independente em uma crise litoral”, salienta a revista.

O texto ainda afirma que um Mistral ou dois poderia assumir o papel do porta-aviões NAe São Paulo, que encontra-se parado para uma série de reformas e deve voltar a navegar somente em 2019. Após as atualizações, o navio aeródromo terá uma vida útil de mais 20 anos e alcançará avançada idade de 75 anos, afinal trata-se de uma embarcação lançada ao mar em 1957, coincidentemente também fabricada na França.

Veja mais: O ataque do Mistel

O Mistral, no entanto, é mais versátil e pode operar até mesmo no rio Amazonas, como aponta a revista. Atualmente não existe nenhuma embarcação militar na América Latina que se compare aos novos navios franceses.

“No âmbito da Marinha do Brasil, não há qualquer estudo em andamento para aquisição de navios de guerra da classe Mistral”, afirmou o contra-almirante Flavio Augusto Viana Rocha ao Airway , rechaçando qualquer possibilidade de aquisição das embarcações francesas.

O NAe São Paulo pode transportar uma combinação de até 40 aviões e helicópteros (Foto - Marinha do Brasil)
O NAe São Paulo pode transportar uma combinação de até 40 aviões e helicópteros (Foto – Marinha do Brasil)

Veja mais: Itália pode se tornar cliente do maior avião produzido no Brasil

A França já possui três unidades do Mistral, cada um avaliado em cerca de US$ 600 milhões. A embarcação pode transportar até 16 helicópteros e cerca de 70 veículos, entre tanques e carros blindados. O navio tem 199 metros de comprimento e alcança a velocidade máxima de 18,8 nós (35 km/h). Segundo informações da marinha francesa, o porta-helicópteros pode navegar por até 10.800 km sem precisar reabastecer.

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  1. Com nossos inventores e falta de incentivo financeiro .Acho ridiculo e até falta de patriotismo comprar navios franceses sendo que podemos além de fabricar ,podemos sim vender produtos made in BRASIL .E nosso antigo projeto do submarino nuclear criado por nossos engenheiros brasileiros e que não recebeu incentivo dos governos;de que adianta termos 2 duas e indo para terceira usina nuclear sendo que não possuimos sequer um submarino classe thyphon ou melhor dizendo submarinos ssbn.Toma vergonha nessa cara alto comando militar BRASIL (Marinha do BRASIL, Aeronautica e Exército).

  2. O velho Nael Minas gerais após longo tempo no arsenal se mostrou incapacitado operativamente por descoberta de prbms técnicos, e agora é o São Paulo que só voltara á ativa 2019 e sabe Deus como !! que se adquira os dois Mistral aumentando a nossa capacidade anfíbia.
    Só o que se gastou na copa ainda sobra dinheiro.

  3. Como o Brasil fás parte dos Brics capas de ser usado pela França como meio termo para depois o Brasil Repassar para a Russia !!!!!!

  4. Acho mais importante comprar novas fragatas , as nossas já estão com cerca de 40 anos de idade e dobrando o cabo da boa esperança.

    Esse porta aviões é um tremendo mico !, devem ter gasto uma boa grana nele e ainda não está OK.

    Sou também a favor de acelerar o processo de fabricação de corvetas e navios patrulha no Brasil.

  5. A compra pela nossa Marinha de Guerra de um porta-helicópteros francês “mistral” é uma grande ideia e de urgência,desde já,com a desativação do Porta -Aviões São Paulo.Por outro lado,as construções de fragatas,corvetas e submarinos seriam nos nossos próprios estaleiros,dando oportunidades aos construtores nacionais e mais empregos. É uma forma inteligente de ser!

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