Frota da América Latina deverá dobrar nos próximos 20 anos, prevê Airbus

Fabricante europeia afirma que a região da América Latina vai precisar de 1.540 novas aeronaves
O A320 foi o "best-seller" da Airbus em 2017, com 558 unidades entregues (Airbus)
O A320 foi o “best-seller” da Airbus em 2017, com 558 unidades entregues (Airbus)
No mercado desde 2016, o A320neo é equipado com motores que consomem menos combustível (Airbus)
A Airbus estima que a América Latina vai exigir cerca de 2.400 jatos pequenos nos próximos 20 anos (Airbus)

Para atender ao crescimento do tráfego aéreo, a frota em operação na América Latina quase dobrará dos 1.460 aviões atualmente em operação para 3.000 nas próximas duas décadas (um aumento de 1.540 aeronaves), segundo a previsão de mercado mais recente da Airbus.

Do total de 2.700 novas aeronaves previstas para os próximos 20 anos, 1.160 substituirão modelos de gerações mais antigas e 300 deverão permanecer em operação, aponta a fabricante em sua análise. Desse montante, 2.400 são da categoria de pequeno porte, como aeronaves de corredor único, e 300 das categoria médio ou de fuselagem larga.

Para pilotar essa frota crescente, a Airbus prevê a necessidade de 47.550 novos pilotos e 64.160 técnicos a serem treinados nos próximos 20 anos na América Latina, representando 9% da demanda global por pilotos e 10% da demanda global por técnicos. Essa previsão representa uma receita de US$ 268 bilhões para o mercado de serviços da América Latina.

O tráfego de passageiros na América Latina dobrou desde 2002 e deverá continuar a crescer nas próximas duas décadas – passando de 0,43 viagens per capita em 2018 para quase 0,86 viagens per capita em 2038. As taxas de viagens no Brasil, México e Colômbia lideram esse crescimento do tráfego de passageiros, gerando 71% do tráfego adicional desde 2002. No Chile, no mesmo período, o tráfego deverá crescer de 0,89 para 2,26 viagens per capita.

O aumento da tendência por viagens de avião será impulsionado pelo crescimento da classe média – que saltará de atuais 410 milhões de pessoas para 560 milhões em 2038, ou 74% da população – e pela evolução dos modelos de negócios das companhias aéreas, tornando as viagens aéreas mais econômicas e acessíveis.

O tráfego de origem e destino na América Latina deverá aumentar significativamente nos próximos 20 anos, crescendo 4,2% ao ano. O tráfego doméstico e dentro da América Latina e Caribe crescerá a uma taxa ainda mais alta de 4,4% ao ano, impulsionado pelos mercados domésticos, que representarão 62% do tráfego adicional até 2038. Esse crescimento gerará 433 milhões de passageiros adicionais até 2038.

A Airbus já vendeu 1.200 aeronaves, possui uma carteira de pedidos de quase 600, e tem quase 700 aviões em operação na América Latina e no Caribe, representando uma participação de mercado de 59% da frota em uso. Desde 1994, a Airbus garantiu quase 70% dos pedidos líquidos na região.

Veja mais: Air France aposenta seu primeiro Airbus A380

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