A Gol Linhas Aéreas teve que mostrar sangue frio e muita paciência até conseguir colocar em prática seu plano de modernização de frota, iniciada em 2018 com a adoção do jato 737 MAX.
Após dois acidentes fatais com o modelo da Boeing, a aeronave foi aterrada por vários meses enquanto as investigações prosseguiam para encontrar as causas para as duas quedas.
Enquanto isso, rotas tiveram que ser canceladas e planos postergados, mas desde dezembro de 2020, a Gol voltou a voar com o 737 MAX 8, sendo a primeira no mundo recolocá-lo em serviço.
Pouco mais de dois anos e meio depois, a companhia aérea brasileira já soma 39 aeronaves do modelo, que é capaz de entregar uma economia operacional de 15% em relação ao 737-800NG, ainda a base da sua frota.
A marca de 40 737 MAX deve ser atingida em breve, à medida que a Boeing dá vazão a dezenas de jatos fabricados nos últimos anos. Mas a meta da Gol é chegar a 75 aeronaves do tipo até o final de 2025, quando o MAX será maioria na frota.
Benefícios ambientais
Atualmente, o 737 MAX responde por 28% do total de aeronaves (139 unidades), mas mesmo assim a empresa já consegue colocá-lo em diversos destinos, internacionais como Miami, e nacionais, como ocorreu na semana passada em Cascavel, no Paraná.
Segundo a Gol, nada menos que 59 cidades atendidas por ela já recebem a visita da aeronave – Carajás, no Pará, é um caso recente, por exemplo.
De quebra, o 737 MAX é um jato capaz de emitir 16% menos carbono além de ser 40% mais silencioso que a geração anterior, um benefício que vai além do aspecto financeiro.
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“Todo o setor da aviação comercial está muito focado no ESG e a GOL tem como meta estabelecer uma operação 100% compromissada com o meio ambiente, inclusive sendo a única linha aérea brasileira a obter o certificado de Estágio 2 IEenvA (IATA Environmental Assessment). Ampliar as bases para quais voamos com o MAX 8 é parte fundamental para atingirmos nossas metas em sustentabilidade”, disse André Cruz, chefe de operações da Gol.