Frota nacional de “aviação geral” cresceu 3% em 2014

Setor inclui aeronaves privadas, helicópteros, aviões turbo-hélices e jatos executivos; região sul foi a que mais cresceu, com alta de 5,5%
O setor de aviação geral analisado pela ABAG cresceu 3% em 2014. O mesmo ritmo, porém, não deve se repetir neste ano (Foto - Embraer)
O setor de aviação geral analisado pela ABAG cresceu 3% em 2014. O mesmo ritmo, porém, não deve se repetir neste ano (Foto – Embraer)
O setor de aviação geral analisado pela ABAG cresceu 3% em 2014. O mesmo ritmo, porém, não deve se repetir neste ano (Foto - Embraer)
O setor de aviação geral analisado pela ABAG cresceu 3% em 2014. O mesmo ritmo, porém, não deve se repetir neste ano (Foto – Embraer)

Em 2014, a frota de aeronaves da aviação geral cresceu 3%, chegando a 15.120 aeronaves, segundo dados publicados no Anuário Brasileiro de Aviação Geral 2015, lançado nesta quinta-feira (6) pela Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG). O setor abordado pela ABAG comtempla aeronaves privadas, como monomotores, helicópteros, aviões turbo-hélice, anfíbios e jatos executivos, que respondem por cerca de 47% de toda aviação brasileira.

De acordo com a ABAG, a região do país com maior crescimento de frota foi o Sul, com alta de 5,5% em relação a 2013, chegando a 2.346 aeronaves. A região Centro-Oeste vem em seguida, com elevação de 5,1% e um total de 3.339 unidades. Já o Sudeste foi a porção do país onde houve o menor crescimento, de apenas 1,8% (com uma frota de 6.376 aeronaves).

As regiões Norte e Nordeste, por sua vez, cresceram 2,1% e 2,7%, respectivamente, alcançando frotas de 1.679 e 1.309 aeronaves, pela ordem. Somando todos as regiões do país, o volume total chegou a 15.120 aparelhos, ante 14.648 registrados em 2013.

Segundo pesquisa da associação, das 472 aeronaves incorporadas à frota nacional em 2014, 197 unidades foram adquiridas “zero km”. Em termos de idade, a maioria dos aparelhos (34%) têm de 21 a 40 anos de uso. A frota atual contabilizada pela ABAG é avaliada em US$ 12,7 bilhões.

Operações

Com a desaceleração do setor, que também sofre com a atual crise econômica, o número de operações (pousos e decolagens) em 2014 registrou uma queda de 7% comparado ao ano anterior, com mais de 686 mil operações contra 739 mil de 2013. Esse balanço contabiliza somente os 33 principais aeroportos do país e representam principalmente os voos de serviço privado (o maior, com 47% de participação), táxi aéreo e voos de instrução.

A maioria das operações de pousos e decolagens registradas pela ABAG são de helicópteros (Imagem - Bell)
A maioria das operações de pousos e decolagens registradas pela ABAG são de helicópteros (Imagem – Bell)

O levantamento ainda mostra que a maioria das operações foram realizadas por helicópteros (38%). Em seguida vêm aviões convencionais (30%), turbo-hélices (14%), jatos (18%) e anfíbios (0,3%).

Ao todo, as operações de “aviação geral” realizadas em 2014 conectaram 2.768 aeródromos (sendo 1.810 aeródromos e 958 helipontos) em todo o Brasil e no mundo. Mais de 61% desses pontos são de propriedade privada e o local que mais recebeu esse setor foi o aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo.

Para 2015, com o cenário atual se perpetuando por mais alguns meses, a ABAG afirma que a tendência é de que o setor pare de crescer e possivelmente até diminua com a venda de aeronaves para clientes no exterior. “Não está sendo um ano fácil para ninguém em qualquer setor. Esperamos uma melhora em 2016, mas ainda não está claro”, afirmou Ricardo Nogueira, presidente da ABAG, em coletiva de imprensa realizada em São Paulo nesta quinta-feira (6).

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