Frota de aviões na América Latina pode triplicar em 20 anos

Com a expansão de rotas internacionais, segmento de aeronaves de grande pode crescer
Frota de aviões comerciais deve triplicar em 20 anos na América Latina (Divulgação)
Frota de aviões comerciais deve triplicar em 20 anos na América Latina (Divulgação)
Frota de aviões comerciais deve triplicar em 20 anos na América Latina (Divulgação)
Frota de aviões comerciais deve triplicar em 20 anos na América Latina (Divulgação)

As principais fabricantes de aviões do mundo estão presentes na FIDAE 2016, o maior evento de aviação da América Latina, em Santiago, no Chile, e em busca de clientes. Com a abertura da feira, Airbus, Boeing e Embraer divulgaram nesta semana suas projeções de mercado para a América Latina nos próximos 20 anos. E a expectativa é animadora.

Segundo projeção da Airbus, a América Latina vai precisar de 2.540 novas aeronaves de passageiros e carga entre 2015 e 2034. De todo esse volume, o consórcio europeu afirma que 1.990 desses aviões serão de um corredor, como o A320, e outros 550 modelos de fuselagem larga, como o A350. De acordo com a fabricante, essa demanda poderá movimentar US$ 330 bilhões.

“A expansão das rotas de longo alcance na América Latina é iminente e já vemos as companhias aéreas reagirem a isso ao optar por aeronaves maiores, de longo alcance e mais eficientes, como o A350 e o A380, que começaram a operar na região em 2016”, afirma Rafael Alonso, presidente da Airbus para América Latina e Caribe. “Também estamos vendo as principais companhias da região modernizarem suas frotas com a família A320neo, o que as permite atingir ganhos de eficiência mesmo em um ambiente econômico não exatamente favorável”, afirmou.

A Airbus é a fabricante que mais vende aeronaves na América Latina: 53% das aparelhos em serviço na região foram produzidas pela empresa europeia. No últimos 10 anos, a Airbus triplicou sua frota em serviço na região, atualmente com mais de 600 aviões .

Boeing otimista

A Boeing é ainda mais otimista que a Airbus. De acordo com a projeção da fabricante norte-americana, serão necessárias cerca de 3.050 novas aeronaves avaliadas em US$ 350 bilhões nos próximos 20 anos, o que equivale ao triplo da frota atual em operação na região.

“No longo prazo, as economias da América Latina vão crescer mais rápido do que o restante do mundo. Este crescimento criará um aumento do fluxo de passageiros que estimulará as companhias aéreas a expandir e competir por negócios que têm sido tradicionalmente dominados por operadores estrangeiros”, avalia Donna Hrinak, presidente da Boeing para a América Latina.

A Embraer é líder mundial no segmento de aeronaves para até 130 passageiros (Embraer)
A Embraer é líder mundial no segmento de aeronaves para até 130 passageiros (Embraer)

Embraer na disputa

A Embraer prevê que serão entregues na América Latina 720 novos jatos no segmento de 70 a 130 assentos (como os modelos da família E-Jet) ao longo dos próximos 20 anos, o que representa 11% da demanda mundial para essa categoria no período. A frota de jatos desse porte em serviço na região crescerá das atuais 310 unidades para 740 até 2034.

“As companhias aéreas continuarão a adquirir aeronaves novas e eficientes para atender aos mercados de baixa e média densidade e para oferecer maior conectividade”, disse Simon Newitt, Vice-Presidente da Embraer, Aviação Comercial.

Veja mais: Airbus A350 da TAM completa primeiro voo internacional

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