A Textron Aviation conseguiu ampliar as entregas do seu novo avião utilitário, o Cessna 408 SkyCourier.
Em 2023, 18 aeronaves foram enviadas aos seus clientes, três vezes mais do que em 2022, ano em que o bimotor entrou em serviço. Apenas no segundo semestre foram entregues 10 aeronaves, três delas em dezembro.
O ritmo de produção na fábrica da empresa tem avançado lentamente, impulsionado pela encomenda de 50 aeronaves cargueiras feitas pela FedEx, cliente lançadora do modelo.
A empresa de encomendas expressas responde até aqui por 18 dos 24 SkyCourier entregues, que são repassados para suas afiliadas nos Estados Unidos.
O primeiro SkyCourier foi entregue à FedEx em maio de 2022, que no ano passado recebeu seis aeronaves. Neste ano já foram 12 aviões.
Outros seis turboélices foram entregues para quatro empresas, todas dos EUA: Everts Air Cargo, Kamaka Air, que receberam um avião cada, e a Bering Air e Lānaʻi Air, que têm duas unidades em suas frotas.
Variante de carga é a mais produzida
A Lānaʻi Air é até o momento a única operadora da variante de passageiros do SkyCourier. Capaz de transportar 19 passageiros, o turboélice tem sido pouco acionado pela empresa do Havaí, segundo registros do FlightRadar24.
A maior vocação do Cessna 408 até aqui tem sido mesmo o transporte de cargas expressas, tarefa que ele parece bastante capaz. Sua capacidade de carga é de 6.000 libras (2.722 kg), que podem ser acomodadas em três containers LD3.
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O SkyCourier pode voar até 1.741 km em velocidades de até 389 km/h. Ele é equipado com motores PT6A-65SC com 1.110 shp de potência e que movem hélices de 4 pás da McCauley.
A Textron Aviation não divulga a carteira de pedidos do SkyCourier, mas é esperado que em 2024 a produção cresça e, quem sabe, tenhamos o primeiro cliente fora dos EUA.
Certificado no Brasil
Tradicional cliente do monomotor Caravan, o Brasil pode ser um mercado promissor para o SkyCourier, que segue um conceito semelhante ao ter uma configuração de asa alta, trem de pouso fixo e foco na versatilidade.
A aeronave foi certificada pela ANAC em agosto, mas não se conhecem clientes do modelo ainda. Por outro lado, a Força Aérea Brasileira manifestou interesse em encomendar o turboélice bimotor, possivelmente para substituir seus antigos C-95 Bandeirante.